Uma mulher de 25 anos foi mantida em cativeiro por um homem durante quase dez anos. Ela foi libertada pela polícia na última sexta-feira, 20, em Jucuruçu, no sul da Bahia.

Trata-se de uma história que envolve sofrimento, perseverança e a eventual libertação de uma jovem que viveu anos de abusos.

A jovem foi raptada em 2015, em Rio Bananal, no Espírito Santo. A cidade está localizada a cerca de 450 quilômetros de Jucuruçu, onde a mulher finalmente encontrou a liberdade.

As informações são da Polícia Civil do Espírito Santo, que revelou detalhes chocantes sobre o caso.

Mulher em cativeiro consegue contatar a família

A mulher conseguiu entrar em contato com a família recentemente por meio das redes sociais.

Há cerca de oito meses, o sequestrador, sem perceber o risco, deu a ela um celular. Esse dispositivo permitiu que a jovem contactasse a família sem o conhecimento dele.

Ação da polícia no cativeiro

Na manhã da sexta-feira a polícia cercou o local do cativeiro, mas o homem, de 43 anos, conseguiu escapar.

Os policiais chegaram ao local acompanhados do pai da vítima. Ao perceber a presença das autoridades, o sequestrador fugiu para a mata.

O suspeito foi perseguido pelos policiais durante um longo período.

Segundo as autoridades, ele conhecia muito bem a região, o que dificultou a captura imediata. As buscas para encontrar o homem continuam, e ele é considerado perigoso.

Mulher em cativeiro sofria abusos e ameaças

A jovem sofria abusos sexuais constantes e era proibida de ir à escola.

Ela era mantida trancada e vigiada o tempo todo, conforme relatou o delegado Fabrício Lucindo, chefe da 16ª Delegacia Regional de Linhares (ES).

As ameaças de morte eram frequentes, tanto contra a jovem quanto contra sua família, caso ela tentasse fugir.

Condições de exploração

Além dos abusos, a jovem era obrigada a trabalhar na roça e recebia apenas R$ 100 por mês.

Durante seu cativeiro, ela foi levada por vários locais antes de ser conduzida a Jucuruçu, inclusive, viveu por três anos em Vitória (ES).

A situação da vítima é um exemplo claro de exploração e violação de direitos humanos.

Materiais apreendidos no cativeiro

No local do cativeiro, a polícia apreendeu armas de fabricação caseira.

Entre elas, estavam três armas de fogo, incluindo uma calibre 12 e um revólver calibre 38, além de munição e documentos falsos.

Esses itens evidenciam o nível de perigo que o suspeito apresentava.

As autoridades continuam as buscas pelo homem que manteve a jovem em cativeiro por quase uma década.