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EUA e China na corrida pela energia nuclear

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 22.09.2024 16:25 comentários
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EUA e China na corrida pela energia nuclear

A China está avançando rapidamente no campo da fusão nuclear, gerando preocupação nos Estados Unidos.

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EUA e China na corrida pela energia nuclear
Créditos: depositphotos.com / MartinLisner

Xangai, uma das metrópoles mais vibrantes da China, está se destacando como um hub de inovação tecnológica. Além das luzes brilhantes que adornam a cidade, avanços em tecnologia como Internet 6G e Inteligência Artificial estão em plena aceleração. Uma startup em particular, a Energy Singularity, está ganhando notoriedade com um objetivo ousado: tornar-se líder em fusão nuclear.

Este progresso na China está gerando preocupações nos Estados Unidos. Há uma crescente inquietação entre especialistas de que o país possa estar perdendo sua vanguarda na área de fusão nuclear, especialmente diante do aumento significativo dos investimentos chineses.

Por que a Fusão Nuclear é Importante?

A fusão nuclear, processo que ocorre naturalmente no Sol, representa uma potencial fonte de energia abundante e limpa. Embora diversos países tenham conseguido iniciar reações de fusão, a manutenção dessas reações de maneira sustentável continua sendo um desafio. Com a concretização dessa tecnologia, a fusão nuclear poderia superar a eficiência energética tanto dos combustíveis fósseis quanto da fissão nuclear, utilizada nas atuais usinas nucleares.

Investimento Chinês em Fusão Nuclear

A China está canalizando entre US$1 bilhão e US$1,5 bilhão anualmente em pesquisas de fusão nuclear, comparado aos cerca de US$800 milhões investidos pelos Estados Unidos. Jean Paul Allain, chefe do setor de Energia de Fusão do Departamento de Energia dos EUA, destaca que o ritmo acelerado dos avanços chineses é tão preocupante quanto os montantes investidos.

Quais os Desafios da Fusão Nuclear?

Ambas as nações, EUA e China, demonstram otimismo com a perspectiva de integrar a fusão nuclear à rede elétrica até 2030. Contudo, persistem inúmeros desafios técnicos. Desde a década de 1950, os Estados Unidos lideram nesse campo, mas a China tem acelerado seus esforços consideravelmente desde 2015. Desde então, o número de patentes chinesas relacionadas à fusão nuclear superou o de qualquer outro país.

O Papel da Energy Singularity

Localizada em Xangai, a startup Energy Singularity desenvolveu um tokamak, dispositivo vital para a fusão, em apenas três anos. A utilização de ímãs supercondutores de alta temperatura representa uma importante inovação, permitindo que os reatores sejam mais compactos e eficientes. Esta inovação pode revolucionar o campo da tecnologia de fusão nuclear.

Infraestrutura dos EUA e Inovações Alternativas

Em contraste, a infraestrutura americana para pesquisa de fusão mostra sinais de envelhecimento. Tokamaks como o DIII-D estão operacionais há mais de três décadas. Já na China, o avançado parque de pesquisa CRAFT, com um investimento de US$570 milhões, está prestes a entrar em operação.

O Futuro da Fusão Nuclear

A fusão nuclear implica na combinação de núcleos atômicos sob temperaturas extremamente altas. Enquanto o tokamak é a abordagem mais comum, os EUA também estão explorando a fusão a laser. No final de 2022, cientistas americanos atingiram um marco significativo ao produzir ganho de energia líquida via fusão a laser. Porém, essa técnica apresenta desafios técnicos, fazendo do tokamak a abordagem mais promissora no curto prazo.

Perspectivas para Xangai

Se mantiver seu ritmo impulsionador, Xangai pode não apenas emergir como um centro de inovação tecnológica, mas também como uma potência na produção de energia limpa por meio da fusão nuclear. Com US$112 milhões em capital privado captado, a Energy Singularity planeja construir um segundo tokamak até 2027, com a meta de operacionalizar a tecnologia até 2035.

Dessa forma, a corrida pela fusão nuclear entre EUA e China está apenas começando. Esta competição promete moldar o futuro da energia mundial, e o mundo está de olho no decorrer desta disputa tecnológica.

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