“Nunca fui o palhaço”, diz Pablo Marçal em debate do SBT
Essa mudança de postura faz parte de uma nova tática de Marçal para ele tentar atrair o eleitor de centro e de centro-direita
O influenciador digital Pablo Marçal mudou diametralmente sua postura durante o debate promovido pelo SBT/Terra e Nova Brasil FM. Em determinado momento do embate, o candidato pediu perdão pela postura mais ríspida e disse que ele não era o palhaço.
“Quero pedir perdão a todo eleitor paulistano. A minha tentativa até o último debate foi expor o caráter de cada um”, disse Marçal. “Em todo debate, eu nunca fui o palhaço. Eu sempre respondi aos palhaços”, acrescentou.
Ainda durante o programa, o influenciador chegou a defender Ricardo Nunes (MDB) dos ataques desferidos pelos outros candidatos à Prefeitura de São Paulo. “Achei injusto falar que ele não fez nada. Ele fez sim. A gente não pode ser injusto com ele”, disse Marçal.
Essa mudança de postura, como mostramos mais cedo, faz parte de uma nova tática de Marçal para ele tentar atrair o eleitor de centro e de centro-direita.
“A minha pior (versão) eu já mostrei nos debates. A partir de agora você vai ver alguém que tem postura de governante, que gerou riqueza, mais empregos, que de fato é o único candidato que pode te tirar dessa miséria”, disse o influenciador durante o debate.
Cadeirada influenciou no debate?
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 19, indicou estabilidade na corrida pela Prefeitura de São Paulo. O prefeito segue à frente, com os mesmos 27% dos votos registrados na pesquisa da semana passada. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) tem 26%, um ponto percentual a mais do que tinha, e o influenciador aparece com os mesmos 19%.
O apresentador José Luiz Datena (PSDB), que se destacou ao longo da semana por ter agredido Marçal com uma cadeira durante o debate promovido pela TV Cultura, também aparece com os mesmos 6% de intenção de voto. Ele está em empate técnico com a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que tem os mesmos 8% que já marcava.
Pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira, 18, indicou que Datena oscilou dois pontos positivamente em relação a pesquisa de 11 de setembro, enquanto Marçal oscilou três pontos negativamente.
Influência sutil?
O Datafolha entrevistou 1.204 paulistanos de terça-feira, 17, a quinta, 19, sob encomenda da Folha de S.Paulo e da TV Globo. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Se houve alguma influência da cadeirada na corrida eleitoral, ela foi muito sutil. A rejeição a Marçal oscilou três pontos positivamente ao longo da semana e chegou a 47%. Também subiu a rejeição a Datena, de 32% para 35%.
De acordo com o Datafolha, Marçal é o mais rejeitado entre os candidatos. Na sequência, aparece Boulos, com 38%, um ponto percentual a mais do que em 11 de setembro. A rejeição a Nunes, que vinha caindo, também oscilou para cima, de 19% para 21%.
Assista ao debate na íntegra:
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