Boulos planeja poupar Marçal de olho no segundo turno
Após pesquisas confirmarem vantagem do deputado do PSOL sobre o influenciador em cenários de segundo turno, Boulos deve dirigir suas baterias totalmente contra Ricardo Nunes
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Após analisar os cenários de intenção de voto mais recentes em São Paulo, traçados pelos institutos Quaest e Datafolha, os integrantes da campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) avaliam que o segundo turno ideal seria contra Pablo Marçal (PRTB, foto), e não contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Além de apontar oscilação negativa de três pontos percentuais para Marçal, a pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira, 18, indicou que Boulos abriu vantagem de seis pontos (42% a 36%) para o influenciador em um possível segundo turno.
A diferença na última pesquisa, divulgada em 11 de setembro, era de 40% a 39% para o socialista. Os dois cenários são de empate técnico, mas a última pesquisa indica empate no limite da margem de erro de três pontos para mais ou para menos, e uma tendência de que a diferença pode aumentar.
Estratégia
Na avaliação do comitê de campanha do candidato do PSOL, a tática mais inteligente é poupar Marçal dos ataques, justamente para que o ex-coach se torne seu adversário no segundo turno. A campanha de Boulos vê Marçal como um adversário mais frágil, porque ele teria dificuldade justamente de atrair o eleitor de centro.
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Por essa razão, conforme apurou O Antagonista, Boulos pretende intensificar os ataques a Nunes nas próximas inserções de rádio e TV. A ideia é voltar a vincular o prefeito com supostos esquemas de corrupção envolvendo seus parentes e aliados. O plano do socialista é associar o prefeito à chamada “máfia das creches”.
Creches
Investigações da Polícia Federal apontam que entidades sem fins lucrativos teriam desviado até 14 milhões de reais durante a gestão Bruno Covas, da qual Nunes fazia parte.
Em 2021, a Folha de S.Paulo revelou que uma empresa da família de Nunes, a Nikkey Serviços S/S Ltda, recebeu recursos de uma outra empresa, chamada Francisca Jacqueline Oliveira Braz, que emitiu notas fiscais do esquema. Ou seja, para a PF, Francisca emitia as notas, mas os beneficiados eram os aliados do prefeito.
Nos debates, Nunes tem alegado inocência, dizendo que não tem qualquer relação com a Nikkey Serviços S/S Ltda e negando que tenha beneficiado amigos ou parentes quando esteve à frente da Prefeitura.
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