‘Queimadas do amor’: Toffoli é internado com inflamação no pulmão
Ao longo do final de semana, a capital federal passou a sofrer com fogo no Parque Nacional de Brasília
O ministro do STF Dias Toffoli foi internado nesta terça-feira, 17, com uma inflamação no pulmão após ser vítima da fumaça que se intensificou em Brasília nas últimas 48 horas por conta de várias queimadas que têm sido identificadas no Estado.
Ao longo do final de semana, a capital federal passou a sofrer com fogo no Parque Nacional de Brasília. A PF abriu inquérito para apurar suspeitas de que esse incêndio tenha sido proposital.
Até o momento, o STF não confirmou o hospital para onde o ministro foi levado.
Como mostramos mais cedo, o governo Lula deve anunciar ainda nesta terça uma série de medidas para controle das queimadas que não param de crescer por todo o Brasil. Também nesta terça-feira, o Planalto deve receber chefes dos Três Poderes para debater o controle da crise climática, às 16h30.
A reunião terá a participação do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado,Rodrigo Pacheco(PSD-MG). Um alerta do presidente Lula sobre a situação climática do país também deve ser feito em cadeia nacional.
Em meio aos indicadores alarmantes sobre as queimadas, o presidente Lula autorizou viagem da ministra do Meio Ambiente Marina Silva para debater o assunto ‘clima’ em participação na Cúpula do Futuro, durante a 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, entre os dias 21 e 27.
No Congresso Nacional, a ministra deverá se explicar para a Comissão do Meio Ambiente da Câmara dos Deputados sobre o aumento das queimadas. O requerimento de convite foi aprovado e uma data está sendo negociada com a ministra após as eleições.
Como começaram as queimadas que atingiram Toffoli?
O Brasil atravessa uma crise climática alarmante nos últimos meses, com incêndios florestais avançando sobre diversas regiões do país. A destruição causada pelas chamas já afetou reservas naturais, parques e áreas de preservação ambiental, comprometendo a vegetação nativa e pondo em risco a biodiversidade. Os estados mais atingidos incluem Mato Grosso, Pará e Rondônia, que estão no centro dessa devastação.
Na Amazônia, a situação é ainda mais grave: além dos incêndios, a seca prolongada está causando o esvaziamento de rios essenciais para o abastecimento de água de várias cidades. O Rio Negro, um dos mais importantes da região, já apresenta níveis críticos, o que ameaça não só a vida local, mas também o transporte de mercadorias e o sustento das populações ribeirinhas.
Especialistas alertam para as consequências a longo prazo dessa crise, que pode agravar a desertificação em algumas áreas e comprometer ainda mais o combate ao desmatamento ilegal. Com o avanço das queimadas, aumentam também os problemas de saúde pública, como doenças respiratórias, que afetam milhares de pessoas nas áreas atingidas pela fumaça tóxica.
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