Marcel Van Hattem considera disputar sucessão de Lira
Novo deve lançar candidatura, mas aguarda decisão do PL
O líder do partido Novo na Câmara dos Deputados, Marcel Van Hattem (RS), confirmou a O Antagonista que pretende disputar a presidência da Casa. Segundo ele, as discussões para consolidar sua candidatura já foram iniciadas dentro do partido, embora ressalte que “o martelo não foi batido” sobre o tema.
“Conversamos sobre isso na bancada, mas ainda não avançamos. Contudo, se o PL apresentar um nome, daremos preferência”, explicou Van Hattem.
O deputado gaúcho mantém o otimismo quanto às chances da oposição de consolidar a indicação do sucessor de Arthur Lira (PP-AL). “A oposição tem chances, sim. Em uma eleição com quatro candidatos e contando com 130 [membros da oposição], há uma grande probabilidade de irmos para o segundo turno”.
Van Hattem também observa que a insatisfação com a condução dos trabalhos na Casa pode enfraquecer o candidato apoiado pelo atual presidente. “Não sei exatamente como estão as discussões dentro do PL. O que percebo, pela fala de meus colegas deputados, é um descontentamento em relação aos acordos firmados pela atual mesa diretora”, completou.
Reviravoltas
Como mostramos, a disputa pela sucessão de Lira já tem, oficialmente, três candidatos. Motta, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, e o líder do PSD, Antonio Brito. Van Hattem é o quarto cogitado. Nascimento e Brito firmaram um pacto de não agressão e de apoio mútuo na disputa pelo cargo de Lira.
Após Lira decidir apoiar Motta – cuja candidatura é apoiada pelo PP, Republicanos e por parte da bancada do PL -, Elmar teve uma reunião com o presidente Lula para pedir apoio do Palácio do Planalto na disputa.
Líderes do Centrão afirmaram a O Antagonista que, ao anunciar que se retirava da corrida pela presidência da Câmara dos Deputados, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP) vendeu um consenso ao nome Motta que nunca existiu. Na prática, a candidatura do parlamentar paraibano pode, inclusive, implodir o que se convencionou chamar de “Centrão”.
De um lado estão Ciro Nogueira (PP), Valdemar Costa (PL) e Marcos Pereira – unindo siglas como PL, PP e Republicanos – um bloco com 186 deputados; do outro, como mostramos na manhã desta terça-feira, 10, estão os líderes do PSD, Antonio Brito, e do União Brasil, Elmar Nascimento.
Esse mega-bloco que pode reunir integrantes do União Brasil, MDB, PDT, PSD, PSB e PSDB/Cidadania e Avante. Algo em torno de 324 deputados – incluindo-se aí a federação Brasil da Esperança – PT, PcdoB e PV.
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