Ex-policial penal que matou tesoureiro do PT deixa cadeia
Jorge Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado por ter matado a tiros Marcelo Arruda em 2022
O ex-policial penal Jorge Guaranho (foto), apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que matou a tiros Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), foi libertado da penitenciária na sexta-feira, 13 de setembro.
Guaranho estava preso no Complexo Médico Penal de Pinhais desde agosto de 2022. Na última quinta-feira, 12, a Justiça autorizou a prisão domiciliar do réu, que deverá usar tornozeleira eletrônica.
O crime ocorreu em 2022 durante a festa de aniversário da vítima, que tinha o PT e o então candidato à Presidência Lula como temas.
Arruda comemorava, com amigos e familiares, seus 50 anos, quando foi baleado na frente dos convidados. Guaranho invadiu a festa e atirou várias vezes. Arruda revidou os disparos, foi socorrido, mas morreu ainda no local.
Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum.
A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná acatou um pedido da defesa de que o Complexo Médico Penal de Pinhais não possui a estrutura necessária para oferecer a assistência ao réu.
Autor da denúncia à Justiça, o Ministério Público do Paraná ressaltou que o ex-policial penal agiu por motivo fútil decorrente de “preferências político-partidárias antagônicas” e que Guaranho colocou a vida de mais pessoas ao efetuar os disparos no salão de festas.
Em fevereiro de 2024, a Advocacia-Geral da União (AGU) firmou um acordo para pagar uma indenização de R$ 1,7 milhão à companheira e aos quatro filhos de Arruda.
No mês seguinte, o Ministério da Justiça, sob o comando de Ricardo Lewandowski, concluiu a sindicância disciplinar instalada na época do crime para apurar a conduta de Guaranho, que era agente penal federal. A sindicância concluiu pela sua demissão do serviço público.
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