O fiasco da polarização Lula x Bolsonaro nas eleições municipais
Para quem, como eu, reza pelo fim dessa polarização inútil entre lulistas e bolsonaristas, ainda que timidamente, são dados para se comemorar
A rinha improdutiva para o Brasil, mas fundamental para os próprios, entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), ainda não deu as caras nas eleições municipais das 10 maiores capitais do país. São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Salvador, Belo Horizonte, Manaus, Curitiba, Recife e Goiânia parecem passar ao largo dessa verdadeira inutilidade pública.
Na capital paulista, os três principais candidatos, segundo as pesquisas de opinião, não dependem fundamentalmente do apoio de seus padrinhos “barra” cabos eleitorais: Nunes (MDB), abandonado e abandonando o bolsonarismo; Marçal (PRTB), a quintessência do extremismo de direita; e Boulos (PSOL), líder esquerdista com vida própria.
Já na Cidade Maravilhosa, Eduardo Paes (PSD) leva de barbada a disputa pelo Palácio da Cidade, sede da prefeitura do Rio, com 67% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Quaest, divulgada na quarta-feira, dia 11 de setembro. Em segundo lugar vem o bolsonarista Alexandre Ramagem, com 13%, seguido pelo psolista Tarcísio Motta, com 4%.
Mais três capitais
Em Salvador, os últimos levantamentos dão a vitória folgada de Bruno Reis, do União Brasil, seguido bem de longe por Geraldo Júnior, do MDB. Ou seja, nada de Lula x Bolsonaro também. Em Recife, quem goleia os rivais é João Campos (PSB), e só muito atrás – mas atrás mesmo! – aparece o sanfoneiro bolsonarista, Gilson Machado.
Pelas bandas mineiras, em Belzonte, capital mundial do Galo mais lindo do mundo, Mauro Tramonte (Republicanos) e Fuad Noman (PSD) são os favoritos ao segundo turno, seguidos de perto por Bruno Engler (PL), mas sem ser incomodados pelo petista Rogério Correia. Em Fortaleza, a polarização parece dar as caras, pero no mucho. Explico.
Parece, mas não é
Há um empate quádruplo, segundo a última pesquisa da Quaest. Capitão Wagner (União), com 24% das intenções de voto; André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT), com 21% cada; e José Sarto (PDT), com 18%. Como a margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, nada de favoritismo ou polarização por lá.
Em Curitiba, os favoritos são Eduardo Pimentel (PSD), Luciano Ducci (PSB) e Ney Leprevost (União Brasil). Outra vez, nada de lulopetismo contra bolsonarismo. Ufa! Já David Almeida (Avante), Amom Mandel (Cidadania) e Roberto Cidade (União Brasil) disputam a prefeitura de Manaus, mantendo Lula e Bolsonaro apartados do pleito municipal.
Finalmente, em Goiânia, Adriana Accorsi (PT), Vanderlan Cardoso (PSD) e Sandro Mabel (União Brasil) lideram. Brasília, obviamente, não tem eleições municipais, já que, por lá, a disputa se deu pelo “governo do estado”, ou seja, pelo Distrito Federal, em 2022. Para quem, como eu, reza pelo fim dessa polarização inútil entre lulistas e bolsonaristas, ainda que timidamente, são dados para se comemorar.
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