Conselho de Ética avança com ação que pode cassar Glauber Braga
"Não me orgulho daquilo que fiz, mas não me arrependo", disse o deputado do PSOL, implicado por ter agredido um militante do MBL na Câmara. Ele preferiu acusar Arthur Lira
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados aprovou, por 10 votos a 2, em audiência desta quarta-feira, 11, o relatório do deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA) que instrui a continuidade da ação que pode cassar o mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ, foto).
O partido Novo apresentou representação na qual acusa Braga de quebrar o decoro por ter agredido fisicamente um militante do Movimento Brasil Livre (MBL). Essa é a segunda representação contra Braga no Conselho de Ética neste ano e a quinta nos últimos seis anos.
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A última confusão de destaque com o deputado do PSOL ocorreu em abril, quando ele agrediu, diante de várias câmeras, Gabriel Costenaro, influenciador e militante do MBL.
“Não me arrependo”
Em sua defesa, Braga disse que reagiu a uma ameaça: “Não me orgulho daquilo que fiz, mas não me arrependo. A minha ação é da proporcionalidade”.
O relator afirmou que as condutas descritas na representação são passíveis de punição e merecem ser apuradas.
A cassação não é a única punição possível para o deputado, que pode ser suspenso ou simplesmente receber uma reprimenda por escrito.
Braga lamentou a decisão do relator de dar continuidade ao processo e reclamou de interferência do presidente da Câmara, Arthur Lira, no processo.
“A minha defesa é indicar que existe uma armação para a minha cassação”, acusou.
Magalhães disse que não está sob orientação de Lira.
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