Bilynskyj: “Governo Lula vê anistia como derrota”
O parlamentar defendeu o PL da anistia e disse que as penas aplicadas aos presos do 8 de janeiro são "absurdas"
O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) fez comentários sobre as manobras da base governista no Congresso Nacional para impedir a votação do projeto que anistia os presos do 8 de janeiro. “O governo está tentando travar porque vê como uma derrota“, ponderou em entrevista a O Antagonista.
Ainda segundo o deputado, o projeto visa dar uma resposta às condenações recebidas pelos presos envolvidos na depredação dos prédios públicos da Esplanada dos Ministérios, que na avaliação dele, são desproporcionais.
“O governo Lula não consegue entender que estamos tentando reverter uma grande injustiça contra pessoas que estão presas e condenadas por atos, que por mais que tenham sido ilícitos não passaram de crime de danos. Essas pessoas foram condenadas por crimes absurdos que, na verdade, nunca ocorreram”.
Recuo da oposição
Apesar da tentativa dos membros da base governista da Câmara de evitar a deliberação do PL da anistia pelo plenário da Comissão de Constituição e Justiça, nesta terça-feira,11, o maior inimigo da oposição foi a falta de votos para garantir o avanço da propositura.
Por decisão da presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Caroline de Toni (PL-SC), o projeto só será deliberado após as eleições municipais.
Na terça-feira, 10, o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) disse a O Antagonista que a oposição contava votos para decidir se avançaria com a proposta em pauta. Agora, a decisão de não arriscar uma derrota no plenário da CCJ foi oficializada, diante da avaliação de que faltariam os votos necessários para emplacar a aprovação.
Estratégia governista
Durante o primeiro dia de votação do PL da Anistia, após perder na articulação de requerimentos de inclusão extrapauta, integrantes do governo Lula pressionaram o presidente da Câmara, Arthur Lira, pela abertura da ordem do dia da Câmara dos Deputados para paralisar os trabalhos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que apreciava o projeto de lei que anistia presos do 8 de janeiro na terça.
O regimento interno da Câmara não autoriza o funcionamento de uma comissão enquanto a pauta do plenário está em andamento. Após o início da sessão plenária, a presidente da CCJ, Caroline de Toni (PL-SC), foi obrigada a encerrar a reunião do colegiado. O relatório da proposta sequer foi lido.
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