O debate entre Kamala Harris e Donald Trump, marcado para esta terça-feira, 10, na Filadélfia, gerou polêmica em torno das regras, especialmente sobre o uso dos microfones.

Kamala e Trump terão os microfones silenciados enquanto o oponente estiver falando, algo que a campanha da vice-presidente tentou mudar sem sucesso.

A equipe de Kamala Harris acreditava que a mudança permitiria confrontar diretamente Trump e expor possíveis inconsistências ou destemperos. No entanto, a proposta foi rejeitada, mantendo as mesmas regras aplicadas no debate anterior entre Trump e Biden, que previam o corte dos microfones durante a fala do oponente.

Além disso, as regras do debate estabelecem que não haverá plateia presente, os candidatos não poderão levar anotações e não poderão fazer perguntas diretamente um ao outro. Cada um terá dois minutos para responder às perguntas, dois minutos para réplicas e um minuto adicional para esclarecimentos.

A rejeição das mudanças frustrou a estratégia da equipe de Kamala Harris, que pretendia aproveitar sua experiência como promotora para pressionar Trump. Com os microfones silenciados, a vice-presidente será impedida de interromper e checar fatos em tempo real, o que levou sua campanha a reescrever o plano para o debate.

Enquanto a equipe de Trump ironizou a situação, dizendo que Kamala Harris “finalmente aceitou as regras”, a campanha da vice-presidente expressou descontentamento em uma carta à ABC News, afirmando que o formato beneficia Trump ao impedir trocas diretas.

Este será o primeiro e possivelmente único debate entre Kamala Harris e Donald Trump antes das eleições de novembro, o que aumenta ainda mais a importância do evento.