Investidores aguardam os números relativos à pressão sobre os preços no Brasil e nos Estados Unidos na semana que antecede as reuniões que devem mudar o panorama para os juros básicos nos dois países.

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) está marcado para esta terça-feira, 10. A expectativa é de desaceleração no indicador de 0,38% em julho, para 0,01% em agosto. No acumulado de 12 meses, o índice deve se afastar dos 4,50% (limite da meta de inflação) até julho para 4,27% no período terminado em agosto.

Números mais fortes que o esperado podem reforçar a visão minoritária de uma elevação na Selic de 0,50 p.p. na semana que vem. Por enquanto, as opções de Copom negociadas na B3 indicam uma probabilidade de 75% para uma elevação de 0,25 p.p. na taxa básica de juros. Enquanto a precificação na curva de juros futuros, praticamente, abandonou a ideia de um aumento acima de 0,25p.p..

Na quarta-feira, 11, será a vez do CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) americano. O consenso é que o indicador mostre estabilidade na média de preços para agosto na comparação mensal, em 0,2%. Na leitura anual, o índice deve desacelerar de 2,9% em julho para 2,6% agora. Surpresas para cima ou para baixo também influenciarão as expectativas para a taxa básica dos Estados Unidos.

À espera dos dados, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou o dia praticamente estável, com leve alta de 0,12%, aos 134,7 mil pontos. Entre as principais contribuições positivas destaque para Petrobras (1,09% PN; 1,34% ON), Itaú (0,97%) e Banco do Brasil (+1,25%). Na ponta oposta, BRF (-2,78%), WEG (0,81%) e JBS (-1,28%).

Os juros futuros locais tiveram um dia sem muita oscilação, com os vencimentos mais longos em queda de 2 pontos base e curtos e intermediários em alta de até 3 pontos base. O dólar também registrou uma sessão tranquila contra o real e encerrou as negociações em leve queda de 0,26%, cotado a 5,58 reais.