Silvio Almeida também perde boquinha do BNDES
Indicado pelo banco, o ex-ministro dos Direitos Humanos recebia um salário de 19 mil reais para integrar o conselho da Naturgy
Demitido do Ministério dos Direitos Humanos em função de acusações de assédio sexual, o ex-ministro Silvio Almeida perderá também a vaga no conselho de administração da distribuidora de gás Naturgy, que lhe havia sido dada por indicação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
No posto desde 29 de abril, ele deveria permanecer no cargo até 28 de abril de 2025, recebendo um salário de 19 mil reais.
Ao jornal O Globo, o banco de fomento afirmou que a manutenção de Silvio Almeida no conselho dependia do cargo de ministro e que a alteração já está sendo providenciada.
“O BNDES informa que haverá mudança uma vez que tal representação decorria da condição de ministro. Os procedimentos para a alteração estão sendo providenciados e serão encaminhados conforme os trâmites da Política de Indicação do Sistema BNDES em Colegiados”, disse.
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Silvio Almeida é exonerado
Em meio a denúncias sobre supostos casos de assédio sexual e moral, Silvio Almeida foi exonerado do Ministério dos Direitos Humanos na sexta-feira, 6. A decisão ocorreu após reunião ocorrida no Palácio do Planalto com o presidente Lula.
Antes de tomar uma decisão, o petista também conversou com os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, e com o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho. A ministra Anielle Franco – Igualdade Racial – e pivô da crise também foi ouvida.
Em nota oficia emitida pela Secretaria de Comunicação, o órgão afirma que “o presidente [Lula] considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual.”
“O Governo Federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, informou a Secom.
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