Oposição quer convocar Anielle Franco para falar sobre denúncias de assédio
Convocação da ministra também teria como objetivo saber se o presidente Lula tinha ou não conhecimento das denúncias envolvendo Silvio Almeida
Integrantes da oposição protocolaram um pedido de convocação no Plenário da Câmara da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, para que ela fale sobre as denúncias de assédio sexual envolvendo o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida.
Como mostramos, Almeida foi exonerado na sexta-feira após o caso ser divulgado pelo site Metrópoles.
No pedido, o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) afirma que a convocação da ministra “é fundamental para esclarecer as graves denúncias de assédio sexual que teriam sido cometidas contra ela”.
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“Tais alegações, envolvendo um membro de alto escalão do governo, impactam diretamente os princípios da dignidade humana e a proteção dos direitos fundamentais, pilares da atuação desta Casa e do Estado Democrático de Direito”, disse Lopes, sobre Anielle Franco.
“A convocação visa garantir transparência e o devido processo legal, além de possibilitar que esta Casa, como representante do povo brasileiro, tome as medidas cabíveis diante de situações que envolvem violações de direitos e assédio sexual no serviço público”, acrescenta o parlamentar.
Lula prevaricou sobre o caso envolvendo Anielle Franco?
Segundo o que apurou O Antagonista, a convocação da ministra Anielle Franco também teria como objetivo saber se o presidente Lula tinha ou não conhecimento prévio das denúncias de assédio envolvendo Almeida.
Como mostramos mais cedo, a Secretaria de Imprensa do Planalto se negou, até o momento, a responder se o presidente Lula tinha conhecimento das denúncias relacionadas ao suposto ato de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida.
Segundo o que foi revelado pela Folha de S. Paulo e pelo jornal O Globo, a primeira-dama, Janja, e o presidente da República tinham conhecimento das denúncias envolvendo Almeida. O Antagonista apurou que o caso era de conhecimento de integrantes da cúpula do governo federal há pelo menos dez dias.
O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho, recebeu as denúncias no final de agosto. Depois, o caso veio a conhecimento do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e, por fim, ao da primeira-dama.
Apesar disso, o governo federal somente adotou uma providência sobre a exoneração de Almeida na sexta-feira, pouco mais de 24 horas após o caso vir a tona por meio de uma publicação do site Metrópoles.
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