Planeta bate mais uma vez novo recorde de calor
Probabilidade de 2024 ser o ano mais quente já registrado é alta, devido à crescente concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.
O atual trimestre de verão no Hemisfério Norte foi o mais quente desde que os registros começaram, superando o mesmo período do ano passado, que já tinha estabelecido o recorde de calor.
Este anúncio foi feito pelo observatório europeu Copernicus, destacando como as temperaturas extremas são um indicativo claro das mudanças climáticas em curso e a necessidade de ações urgentes.
Samantha Burgess, vice-diretora do serviço de mudança climática do Copernicus, declarou:
“Nestes últimos meses, tivemos os meses de junho e agosto mais quentes já registrados, além do dia mais quente no Hemisfério Norte.”
Segundo ela, a probabilidade de 2024 ser o ano mais quente registrado é alta, devido à crescente concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.
Fenômenos climáticos extremos provocam calor recorde global
O verão de 2024 foi marcado por uma série de eventos climáticos extremos, que causaram impactos significativos em diversas regiões.
Burgess alertou que sem intervenções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, esses eventos podem se tornar ainda mais frequentes e devastadores.
Por exemplo, uma onda de calor durante a peregrinação em Meca, na Arábia Saudita, resultou na morte de 1.300 pessoas.
Na Índia, temperaturas superiores a 45°C colocaram em risco o sistema elétrico nacional e resultaram em chuvas de monção e inundações fatais.
Nos Estados Unidos, ondas de calor sucessivas levaram a incêndios florestais que causaram várias mortes.
Impacto global do aquecimento
Em Marrocos, uma onda de calor intensa no final de julho matou 21 pessoas em apenas 24 horas, agravando a situação de seca que o país enfrenta há seis anos consecutivos.
Estudos recentes estimam que entre 30.000 e 65.000 pessoas na Europa morreram em 2023 devido às altas temperaturas.
Desde 1940, os registros do Copernicus mostram um aumento gradual das temperaturas globais.
Nos últimos 12 meses, a temperatura média global foi 1,64ºC acima do período pré-industrial.
Em 2023, a anomalia foi de 1,48ºC, com projeções indicando que 2024 poderia ser ainda mais quente.
Futuro do clima global
Com essas tendências, a pergunta é: como será o futuro do clima global?
Os cientistas afirmam que para que as temperaturas globais se estabilizem, essas anomalias precisam persistir por décadas. Mesmo assim, os efeitos já são visíveis e urgem por ações imediatas, como:
- Redução significativa das emissões de gases de efeito estufa.
- Adoção de energias renováveis em larga escala.
- Fortalecimento de políticas e acordos globais de sustentabilidade.
O aumento das temperaturas também é impulsionado pelo aquecimento dos oceanos, que absorveram 90% do excesso de calor resultante das atividades humanas.
Desde maio de 2023, as temperaturas da superfície dos oceanos têm se mantido em níveis anormalmente altos, contribuindo para a ocorrência de ciclones e outros eventos extremos.
Fonte: MetSul Meteorologia
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