Fechamento do X pode tornar Brasil “mercado não investível”
“O fechamento ilegal do X e o congelamento de contas na Starlink colocam o Brasil em um caminho rápido para se tornar um mercado não investível”, escreveu o bilionário Bill Ackman
O bilionário Bill Ackman, da gestora Pershing Square, criticou a ordem judicial de suspender e afirmou que a medida deve afastar os investidores do Brasil:
“O fechamento ilegal do X e o congelamento de contas na Starlink colocam o Brasil em um caminho rápido para se tornar um mercado não investível”, escreveu Ackman em um post no X. “A China cometeu atos semelhantes, levando à fuga de capitais e ao colapso das avaliações. O mesmo acontecerá com o Brasil a menos que recuem rapidamente desses atos ilegais”.
A publicação de Ackman foi uma resposta a Musk, que criou o perfil “Alexandre Files”, com o objetivo de divulgar decisões sigilosas de Moraes que são relacionadas ao bloqueio de conteúdos e perfis da plataforma.
Liberdade de expressão
O americano Brendan Carr, da Federal Communications Commission (FCC), órgão regulador da área de telecomunicações e radiodifusão dos Estados Unidos, também criticou a decisão de suspender o X no Brasil
“Moraes deixa claro que está tentando desferir um golpe mais amplo contra a liberdade de expressão e em favor de controles autoritários”, disse Brendan Carr e acrescentou que a “censura tem natureza política e ideológica e está expressamente proibida pela Constituição brasileira”.
Mídia internacional
Os dois principais jornais financeiros do mundo — o Wall Street Journal, de Nova York, e o Financial Times, de Londres — também repercutiram a notícia do bloqueio da plataforma X (ex-Twitter)
O Wall Street Journal publicou um texto no seu site no sábado, 31 de agosto com o título: “Brasil proíbe X, criminalizando o acesso ao aplicativo para milhões”.
“Grandes camadas da direita política do Brasil ficaram do lado de Musk, acusando a Suprema Corte e o governo de esquerda do país de tentar silenciar os conservadores antes das eleições de outubro”, escreveu o jornal.
O Financial Times, de Londres, também publicou uma reportagem sobre o assunto. “A proibição do X colocaria o Brasil entre um grupo de nações autocráticas, como Coreia do Norte e Venezuela, que também proíbem a plataforma”, diz o texto do jornal britânico.
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