Ciro Nogueira: “Governo está arrombando a população”
Senador reagiu ao recente registro de rombo no valor de R$ 1,127 trilhão e criticou o governo Lula
O Senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente Nacional do Progressistas, comentou o mais recente registro de rombo no setor público -formado por União, Estados e municípios- no valor de R$ 1,127 trilhão pelo período acumulado de 12 meses até julho.
Para o parlamentar, a gestão petista penaliza a população. “O governo nunca arrecadou tanto, nunca gastou tanto, o rombo nunca foi tão grande. Nunca na história deste país houve tanta companheirada, tantos ministérios. Quanto maior o rombo, quem sofre mais é o povo. O governo está arrombando a população”, escreveu na rede social X.
Histórico
O setor público consolidado registrou déficit de 21,3 bilhões de reais em julho deste ano. O saldo negativo recuou na comparação com o mês imediatamente anterior, quando ficou em 40,9 bilhões de reais e também é menor que o observado no mesmo mês de 2023 (35,8 bilhões de reais).
O rombo, no entanto, ficou muito acima do consenso de mercado, que esperava por um déficit próximo a 7 bilhões de reais, de acordo com pesquisa da Bloomberg com analistas e economistas.
Segundo os dados divulgados pelo Banco Central, no acumulado de 12 meses, o déficit do setor público consolidado – que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em 101,5 bilhões de reais em julho, abaixo dos 135,7 bilhões do mês anterior, mas também acima do esperado (79,3 bilhões de reais).
No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou 1,127 trilhão de reais (10,02% do PIB), ante déficit nominal de 1,108 trilhão de reais (9,92% do PIB) acumulado até junho deste ano.
Considerando-se só o governo central – Tesouro Nacional, Previdência Social e o próprio BC – e as empresas estatais os gastos ultrapassaram as receitas em 8,6 bilhões de reais e 1,7 bilhão de reais, respectivamente.
A DLSP (Dívida Líquida do Setor Público) encerrou o período em 61,9% do PIB (Produto Interno Bruto), o equivalente a 7 trilhões de reais.
“Esse resultado refletiu os impactos da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), da desvalorização cambial de 1,9% no mês (-0,2 p.p.), dos ajustes da dívida externa líquida (-0,2 p.p.), do ajuste de privatização (-0,3 p.p.), dos juros nominais apropriados (+0,7 p.p.), e do déficit primário (+0,2p.p.)”, informou em nota a autoridade monetária.
A DBGG (Dívida Bruta do Goveno Geral) – que abrange Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 78,5% do PIB, ou 8,8 trilhões de reais em julho deste ano, um aumento de 0,7 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
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