O ‘palanque’ de Lula no 7 de setembro
Governo Lula tenta "recuperar" data "sequestrada" pelo bolsonarismo
O desfile de 7 de setembro, em Brasília, contou, como esperado, com a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),Alexandre de Moraes, que será alvo de protestos na avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste sábado.
O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, também figura entre os convidados de Lula, presentes na Esplanada dos Ministérios. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) compareceu ao palanque que marca a celebração da data, enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) faltou ao desfile.
O desfile cívico militar exibiu a participação de alunos de escolas públicas do Distrito Federal, atletas representantes do Brasil nos Jogos Olímpicos e membros das Forças Armadas. O governo petista tenta resgatar a tradição do sete de setembro, que na avaliação da cúpula do governo “se perdeu” depois que o governo Bolsonaro passou passou a usar a data para “insurgir contra a democracia”.
Antes de voltar à presidência, Lula chegou a mandar recado a Bolsonaro, por meio de pronunciamento. “O que ele faz nesse dia é chamar as pessoas para a confrontação, é convocar contra os Poderes da República, contra a democracia que ele nunca respeitou”.
Este dia 7 de setembro é marcado pelo aumento das tensões entre os Poderes e a pressão pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
‘Superpedido de Impeachment’
Cresceu a adesão ao “superpedido” de impeachment do ministro Alexandre de Moraes entre deputados. A lista agora conta com 152 assinaturas e tem nomes pertencentes a partidos de centro, que integram a base do governo Lula. Como Alex Manente (Cidadania-SP), Cobalchini (MDB-SP) e Rosangela Moro (União-SP).
Os senadores já sinalizaram que não irão assinar a propositura. Em caso de apreciação do pleito pelo Senado, os parlamentares da Casa Alta serão os julgadores.
Como mostramos, a movimentação ocorre após reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo revelar que um auxiliar de Moraes no gabinete do STF pediu, de forma não oficial, a produção de relatórios de investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar decisões no chamado inquérito das fake news, instaurado pela Corte para apurar ataques a ministros.
“As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano”, diz o jornal.
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