“Nenhum governo democrático reconheceu (como vitória legítima) a fraude de Maduro”
A líder da oposição María Corina Machado participou nesta quarta-feira, 28, de uma marcha em defesa da vitória de Edmundo González
A líder da oposição María Corina Machado afirmou nesta quarta-feira, 28, em uma marcha em defesa da vitória de Edmundo González, que “nenhum governo democrático reconheceu a fraude” de Nicolás Maduro como vitória legítima.
“Temos que pensar no que fizemos neste mês. É uma etapa dura e sabíamos disso, sabíamos o que viria. Mas neste mês conseguimos, primeiro, tornar a luta pela liberdade da Venezuela uma causa mundial. Uma causa global. Enquanto falamos, ao redor do mundo se está escutando o grito dos venezuelanos e se exigindo o respeito à soberania popular expressada com o voto. Nenhum governo democrático do mundo reconheceu [como vitória legítima] a fraude de Maduro.”
Neste momento do discurso da opositora, a multidão na Avenida Francisco de Miranda, em Caracas, gritou várias vezes a palavra “liberdade”.
Corina prosseguiu:
“Neste mês de trabalho, conseguimos ampliar nossa aliança. Mais venezuelanos, que tinham dúvidas antes de 28 de julho, agora se juntam a nós. Fazem isso porque, hoje, até as testemunhas do PSUV [partido de Maduro] e do chavismo sabem a verdade. E não querem ser cúmplices do roubo que o regime tenta instaurar. E isso é poderoso! Poderoso! Pois há venezuelanos que, mesmo crendo no chavismo, não querem impor uma farsa. Têm dignidade, honestidade e hoje defendem a verdade. Além disso, entendemos que é hora de uma nova mobilização. Uma dinâmica onde devemos crescer e avançar, mas também nos proteger e cuidar uns dos outros. Porque o que o regime desencadeou é brutal, brutal, nunca antes visto.”
A manifestação acontece um mês após a votação de 28 de julho, sobre a qual o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou a “vitória” do ditador venezuelano sem, no entanto, apresentar as atas.
Em 22 de agosto, o Supremo Tribunal de Justiça [TSJ, na sigla em espanhol] da Venezuela validou a farsa eleitoral realizada por Maduro para se manter no poder.
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Jornalistas presos pela ditadura de Maduro
Também nesta quarta-feira, 28, o Sindicado Nacional de Trabalhadores de Imprensa da Venezuela (SNTP) informou que a família da jornalista Ana Carolina Guaita enfim conseguiu comunicação com ela.
A repórter do portal La Patilla foi levada em 20 de agosto por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), a polícia política que persegue os inimigos de Maduro.
“Há minutos, e após oito dias detida e desaparecida, a jornalista Ana Carolina Guaita, do La Patilla, se comunicou com sua família. Além disso, alguém próximo conseguiu visitá-la e confirmar que ela está fisicamente bem”, escreveu o SNTP no X.
Além de Ana Carolina Guaita, outros 11 jornalistas continuam presos pela ditadura de Maduro.
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