Papa critica proibição a Igreja ortodoxa na Ucrânia
"Por favor, que nenhuma Igreja cristã seja abolida direta ou indiretamente: as igrejas não devem ser tocadas”, declarou o papa Francisco
O Papa Francisco criticou no domingo, 25 de agosto, a proibição de Kiev à Igreja Ortodoxa Ucraniana ligada a Moscou. O Parlamento ucraniano votou na semana passada este projeto de lei, promulgado este sábado, 27 de agosto, pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Ao falar imediatamente após a oração do Angelus, o papa Francisco expressou preocupação de não não se permitir a quem quiser de poder rezar “naquela que considera a sua Igreja”. Foi uma referência direta à decisão do Parlamento ucraniano de proibir a Igreja Ortodoxa ligada ao Patriarcado de Moscou.
Ao direcionar o pensamento “às leis adotadas recentemente na Ucrânia”, o Pontífice afirmou:
“Temo pela liberdade de quem reza, porque quem reza de verdade sempre reza por todos. Não se comete o mal porque se reza. Se alguém comete um mal contra o seu povo, será culpado por isso, mas não pode ter cometido o mal porque rezou. Então, que aqueles que quiserem rezar tenham permissão para rezar naquela que consideram a sua Igreja. Por favor, que nenhuma Igreja cristã seja abolida direta ou indiretamente: as igrejas não devem ser tocadas.”
Fazendo novamente menção às guerras em andamento no mundo, o Papa Francisco convidou mais uma vez para rezar pela paz:“E continuemos a rezar pelo fim das guerras, na Palestina, em Israel, em Mianmar e em todas as outras regiões. Os povos estão pedindo paz! Rezemos para que o Senhor dê paz a todos nós.”
O projeto de lei votado em 20 de agosto em Kiev por uma grande maioria, e que concede às paróquias envolvidas nove meses para interromper os laços com a Igreja Ortodoxa Russa, provocou uma reação imediata de Moscou, que comentou dizendo que a intenção era “destruir a verdadeira ortodoxia canônica e substituí-la por uma falsa Igreja substituta”.
Em abril de 2024, um documento apresentado pelo Patriarca de Moscou, Cirilo I, declarou a guerra russa contra a Ucrânia uma “guerra santa”.
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