A Polícia Federal abriu dois inquéritos para investigar a suspeita de ação criminosa nos incêndios que atingem o interior de São Paulo.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou neste domingo, 25 de agosto, que foram mobilizadas 15 delegacias do órgão no interior do estado para apurar as causas das queimadas. O estado tem 46 cidades em alerta máximo para incêndios neste domingo.

“Só a investigação vai poder identificar o que está por trás dessas ações”, disse Andrei Rodrigues.

Para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o fato de os incêndios se intensificarem nesses últimos dois dias indica ação humana. Ela negou que o governo federal tenha sido negligente.

“Tem uma situação atípica. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte da nossa curva de experiência na nossa trajetória de tantos anos de abordagem do fogo”, disse Marina.

As declarações de Andrei Rodrigues e de Marina Silva foram dadas depois de visita de Lula ao Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), na tarde deste domingo, em Brasília.

Polícia prende dois suspeitos

Mais cedo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, confirmou a prisão de dois homens suspeitos de atear fogo em áreas rurais na região de Ribeirão Preto, no interior do estado.

“Nós tivemos ação de criminosos. Ontem, uma prisão em São José do Rio Preto. Hoje de manhã, uma prisão em Batatais de um criminoso com passagem pela polícia. Ele estava com gasolina, ateando fogo, querendo agravar a situação. É uma coisa que nós não vamos tolerar”, afirmou o governador durante entrevista coletiva.

Como mostramos, Tarcísio de Freitas declarou situação de emergência em 45 cidades paulistas em razão da onda de incêndios florestais que atingem principalmente o interior. Ribeirão Preto é uma das cidades mais afetadas.

Na última sexta-feira, o estado bateu recorde nacional com mais de 2,3 mil focos de incêndio. Apenas no sábado, 24 de agosto, mais 305 incidentes foram registrados, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).