Lula e Petro voltam a pedir que governo Maduro divulgue atas
Os governos do Brasil e da Colômbia divulgaram nota conjunta e voltaram a cobrar que as autoridades da Venezuela divulguem as atas eleitorais
Os governos do Brasil e da Colômbia divulgaram uma nota conjunta neste sábado, 24 de agosto, e voltaram a cobrar que as autoridades da Venezuela divulguem as atas das eleições de 28 de julho.
Lula e o presidente colombiano, Gustavo Petro, conversaram sobre a situação da Venezuela e afirmaram que os resultados do pleito só poderão ser reconhecidos após a apresentação das atas por parto do governo de Nicolás Maduro.
“Ambos os presidentes permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis”, diz a nota.
Na quinta-feira, 22, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela validou a farsa eleitoral realizada por Maduro para se manter no poder.
Os governos de onze países emitiram no dia seguinte um comunicado conjunto para condenar a manobra da ditadura. Na nota de Lula e Petro, os presidentes reforçaram serem contrários “à continuada aplicação de sanções unilaterais como instrumento de pressão”.
“A normalização política da Venezuela requer o reconhecimento de que não existe uma alternativa duradoura ao diálogo pacífico e à convivência democrática na diversidade”, afirma trecho. “Os dois presidentes conclamam todos os envolvidos a evitar recorrer a atos de violência e à repressão”.
Leia a íntegra da declaração conjunta
“Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro mantiveram ontem e hoje (23 e 24/8) conversas telefônicas sobre a questão das eleições presidenciais na Venezuela.
Ambos os presidentes permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis.
A normalização política da Venezuela requer o reconhecimento de que não existe uma alternativa duradoura ao diálogo pacífico e à convivência democrática na diversidade.
Os dois presidentes conclamam todos os envolvidos a evitar recorrer a atos de violência e à repressão.
Como países vizinhos diretamente interessados na estabilidade da Venezuela e da região, e testemunhas dos Acordos de Barbados, Brasil e Colômbia mantêm abertos seus canais de comunicação com as partes e reiteram sua disposição de facilitar o entendimento entre elas.
Brasil e Colômbia tomam nota da decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela sobre o processo eleitoral. Reiteram que continuam a aguardar a divulgação, pelo CNE, das atas desagregadas por seção de votação. E relembram os compromissos assumidos pelo governo e pela oposição mediante a assinatura dos Acordos de Barbados, cujo espírito de transparência deve ser respeitado.
Manifestam também sua total oposição à continuada aplicação de sanções unilaterais como instrumento de pressão. Compartilham o entendimento de que sanções unilaterais são contrárias ao direito internacional e prejudicam a população dos países sancionados, em especial as camadas mais vulneráveis.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)