Mudanças climáticas: Agricultura europeia sofre com extremos de seca e frio
Geadas tardias, chuvas intensas e secas severas têm alterado drasticamente as perspectivas de colheitas para diferentes produtos agrícolas na Europa.
Os agricultores europeus enfrentam um ano desafiador devido às mudanças climáticas que tem trazido condições extremas que afetaram diversas culturas em toda a região.
Geadas tardias, chuvas intensas e secas severas têm alterado drasticamente as perspectivas de colheitas para diferentes produtos agrícolas, desde maçãs na Polônia até azeite de oliva na Itália.
Este quadro preocupante serve como um lembrete da importância crescente de estratégias de adaptação às mudanças climáticas para garantir a sustentabilidade e a viabilidade econômica das fazendas.
Vamos explorar em mais detalhes os principais impactos observados em diferentes regiões da Europa.
Geadas de abril e sua influência nas vinícolas alemãs
Na região de Nahe, na Alemanha, famosa por sua produção de vinhos riesling, as geadas de abril deste ano causaram estragos nas vinhas de Cornelius Dönnhoff.
Normalmente exuberantes nesta época do ano, as videiras ficaram quase nuas após os eventos climáticos extremos, o que levanta dúvidas sobre a qualidade e a quantidade das futuras safras.
Produção de maçãs da Polônia está sendo afetada pela mudanças climáticas
A Polônia, conhecida como o maior produtor de maçãs da Europa, também está enfrentando desafios significativos.
As árvores frutíferas que brotaram mais cedo devido a um início de ano ameno foram severamente afetadas pelas fortes geadas de abril, resultando em uma previsão de queda de 30% na produção total em comparação ao ano passado.
Para mitigar os impactos econômicos, a União Europeia propôs a mobilização de 62 milhões de euros da reserva agrícola para ajudar não apenas a Polônia, mas também a República Tcheca e a Áustria.
Este apoio visa aliviar as preocupações sobre a viabilidade econômica das fazendas comprometidas.
Morangos e vinho na Alemanha
Além das maçãs polonesas, a produção de morangos na Alemanha também sofreu com as condições climáticas adversas.
Estima-se que a colheita de morangos em 2024 seja cerca de um quarto menor em comparação ao ano anterior, o que resultou em um aumento de cerca de 4% nos preços para os consumidores durante os primeiros seis meses do ano.
Arenosos brancos, um produto agrícola tradicionalmente cultivado na Alemanha, também foram afetados.
Em resposta aos desafios, algumas vinícolas e produtores de frutas solicitaram inclusão no pacote de ajuda da Comissão Europeia para suportar as perdas significativas.
Desafios na produção do azeite de oliva italiano com as mudanças climáticas
Na Itália, especificamente na região da Puglia, a combinação de seca severa e temperaturas escaldantes de até 43ºC causou uma queda drástica na produção de azeite de oliva.
Espera-se que a produção caia mais de 50% em comparação ao ano anterior, afetando um dos principais produtos agrícolas da região.
Não apenas o azeite sofreu; a produção de trigo para pães e massas também caiu pela metade devido às condições climáticas extremas.
Com a previsão de que as temperaturas altas persistam nas próximas semanas, os agricultores italianos enfrentam um futuro incerto.
Impacto no Reino Unido: Tomates e pepinos
No Reino Unido, a principal preocupação dos agricultores tem sido a falta de sol, essencial para o desenvolvimento do sabor e da cor em culturas ao ar livre, como maçãs e uvas.
Apesar de ter registrado o maio mais quente da história, o verão começou úmido, com chuvas significativas no sudeste do país.
Os baixos níveis de luz solar resultaram em colheitas tardias de alimentos básicos, como morangos, que, porém, apresentaram um lado positivo: ficaram maiores e mais saborosos devido ao período de crescimento mais lento.
Essas alterações destacam a importância de monitorar e ajustar práticas agrícolas para lidar com as variabilidades climáticas.
Os desafios enfrentados pelos agricultores europeus em 2024 destacam a necessidade de estratégias resilientes e adaptativas na agricultura.
Adaptar-se às mudanças climáticas será crucial para garantir a sustentabilidade das colheitas e a segurança alimentar no futuro.
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