Pivô do escândalo da Vaza Toga, o perito Eduardo Tagliaferro (foto) afirmou em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta, 21 de agosto, que acreditava que seu celular apreendido “estava seguro” com o ministro Alexandre de Moraes (foto).

A informação é do Estado de S. Paulo. O Antagonista batizou o uso do TSE por Moraes fora do rito como Vaza Toga.

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Tagliaferro era chefe do departamento de combate a fake news do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022, quando forneceu material para inquéritos criminais no gabinete de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele teve o celular apreendido em maio de 2023, quando foi alvo de mandado de prisão por violência doméstica.

O relatório da PF sobre o depoimento de Tagliaferro desta quinta afirma: “O depoente acreditou que o aparelho estava seguro, pois havia sido direcionado ao ministro. Dias depois perguntou ao advogado do caso sobre o aparelho, ao que foi respondido que poderia ser restituído, o que gerou surpresa ao depoente, pois acreditava que o aparelho estava em Brasília”.

Segundo o Estadão, “o perito afirmou à PF que, ao ser preso, deixou o celular desbloqueado com o cunhado, Celso Luiz de Oliveira, para que ele assegurasse o pagamento de despesas da família por meio de aplicativos bancários. O telefone, no entanto, precisou ser entregue ao delegado José Luiz Antunes na Delegacia Seccional da Polícia Civil em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, onde passou seis dias sob custódia da corporação”.

O cunhado de Tagliaferro também prestou depoimento à PF nesta quinta. Ele afirmou ter ouvido de Antunes que a ordem de apreensão do celular teria partido de Moraes, de acordo com o Estadão.