O ex-presidente Jair Bolsonaro e o influenciador e ex-coach Pablo Marçal discutiram publicamente nas redes sociais na manhã desta quinta-feira, 22. O movimento é mais uma etapa do distanciamento entre Bolsonaro e Marçal que foi antecipado por O Antagonista.

A confusão começou quando Marçal comentou um post de Bolsonaro em que ele falava sobre realizações de seu governo na área de infraestrutura.

“Pra cima deles, capitão. Como você disse: eles vão sentir saudades de nós”, disse Marçal.

Bolsonaro, por sua vez, respondeu.

“Nós? Um abraço”.

Instantes depois dessa mensagem, Marçal respondeu:

“Isso mesmo. Coloquei 100 mil reais na sua campanha pra presidente, te ajudei nas estratégias digitais, fiz você gravar mais de 800 vídeos no Planalto. Entrei na lista de investigados da PF por te ajudar.”

A resposta a Pablo Marçal não veio de Jair Bolsonaro. Veio de outro integrante da família, o filho deputado federal Eduardo.

“Estranho. Em 2022, você disse que a diferença entre Lula e Bolsonaro é que um deles tinha um dedo a menos. Só acordou agora? Está parecendo até o [Hamilton] Mourão…”

Como mostramos mais cedo, os filhos de Jair Bolsonaro deflagraram uma guerra contra o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) após o empresário criticar publicamente o apoio do ex-presidente a Ricardo Nunes (MDB) e se autoproclamar candidato do bolsonarismo à prefeitura de São Paulo.

Isso, no entanto, não significa um alinhamento automático à campanha do atual chefe de Poder Executivo paulista. Muito pelo contrário. O entorno do ex-presidente cobra do emedebista sinais mais claros em direção ao bolsonarismo para permanecer no palanque de Nunes.

Nesta quarta-feira, 21, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o influenciador tanto em mensagens na sua lista de transmissão de WhatsApp quanto em um vídeo publicado em suas redes sociais.

No vídeo, Eduardo chamou Marçal de “arregão” após ele faltar a uma live do jornalista Paulo Figueiredo. Segundo Figueiredo, o candidato desmarcou o encontro por não concordar em ser questionado sobre os abusos do ministro do STF Alexandre de Moraes.

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