Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, 20, na Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), no centro de São Paulo, o ex-coach e influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) voltou a atacar o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

Como mostramos nesta segunda-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro reafirmou seu apoio a Nunes para tentar estancar eventuais especulações sobre um desembarque do palanque emedebista.

Questionado sobre esse assunto, Marçal foi taxativo e voltou a criticar o prefeito de São Paulo.

“O eleitor de esquerda é um eleitor que é bem gado, consegue ser tudo jumento. Agora, o de direita é livre, segue princípios e valores, e todo mundo sabe que Nunes é um banana, que não segue esses princípios”, declarou.

O candidato do PRTB também voltou a negar qualquer tipo de irregularidade sobre os vídeos que estão sendo divulgados pela internet em prol de sua candidatura.

Como também registramos, o Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou uma representação solicitando a cassação do registro da chapa de Marçal por abuso de poder econômico na eleição. O órgão atendeu a representação do PSB, da deputada federal Tabata Amaral, também candidata na eleição municipal.

Segundo a representação do PSB, Marçal tem desenvolvido uma “estratégia de cooptação de colaboradores para disseminação de seus conteúdos em redes sociais e serviços de streaming que, com os olhos voltados para as eleições, se reveste de caráter ilícito e abusivo“.

“Eu não estou remunerando ninguém. A própria plataforma, tipo TikTok, remunera, por isso eu tenho 3.5 bilhões de marcações lá”, rebateu Marçal nesta terça-feira. “Não envolvi nenhuma empresa, nem dinheiro meu para fazer isso”, acrescentou.

O que diz a ação do MPE sobre Pablo Marçal?

A ação do órgão eleitoral, assinada pelo promotor eleitoral Fabiano Augusto Petean, diz: “De acordo com o material e com a documentação anexa, temos que o estímulo das redes sociais para replicar sua propaganda eleitoral é financiado, mediante a promessa de pagamentos aos ‘cabos eleitorais’ e ‘simpatizantes’ para que as ideias sejam disseminadas no sentido de apoio eleitoral à sua candidatura”