Roubo falso de armas é investigado no DF
Investigações sobre o roubo de uma loja de armas em Ceilândia, DF, revelam um subplot surpreendente: o dono da loja, Tiago Henrique Nunes de Lima, pode ter forjado o crime.
No entanto, não houve roubo, segundo a Polícia Civil, já que Tiago Henrique Nunes de Lima é suspeito de realizar a comunicação de um falso crime. As investigações apontam que ele fez vendas ilegais de armas e munições antes do roubo.
Ainda segundo a polícia, por enquanto, não há qualquer relação entre a venda ilegal das armas e a invasão da loja por meio do buraco feito na parede.
Envolvimento de Tiago Henrique Nunes de Lima
Os outros quatro presos nesta segunda se uniram para arquitetar o crime, de acordo com os investigadores. Um deles é Thiago Braga Martins, apontado pela polícia como autor intelectual da invasão à loja de Ceilândia. Ele e os outros presos teriam alugado a loja ao lado do comércio roubado.
Aos investigadores, Thiago confessou o crime de invasão à loja. No entanto, ele declarou que não havia armas dentro do cofre e, por isso, não houve roubo. A partir dessa informação, a Polícia Civil passou a investigar a comunicação de falso crime por parte do dono do comércio.
Quais foram as estratégias usadas pelos criminosos?
Criminosos furtam 100 armas de uma loja no Distrito Federal. À época, acreditava-se que os suspeitos que alugaram uma loja que divide a mesma parede pelos fundos do comércio eram responsáveis pelo crime. Veja abaixo as etapas do crime:
- Buracos na parede foram feitos para que eles entrassem na loja e arrombassem a sala-cofre onde estava o arsenal.
- Foram quebradas duas portas de ferro e um cofre pequeno.
- O proprietário do comércio avisou a polícia do furto na segunda-feira, dois dias após o grupo entrar no local.
A PM disse que, no dia do crime, não houve registro de chamado de equipes. O crime só foi comunicado após o dono da loja receber uma ligação do dono da imobiliária, que aluga o espaço para ele.
A segurança da loja foi comprometida?
A loja, segundo o dono, tinha 17 câmeras de monitoramento, alarme, sensor de presença e de vibrações. Na época do crime, os investigadores disseram que as câmeras de segurança do local foram levadas pelos suspeitos. O comércio não tinha compartilhamento em nuvem dos vídeos e nem um sistema de backup, segundo a polícia.
De acordo com o Exército – que é o órgão responsável pela fiscalização e autorização de venda de armamento no Brasil –, a loja tem as licenças necessárias para a comercialização de armas. No começo de junho de 2024, o local foi fiscalizado e não foi encontrada nenhuma irregularidade.
Relembre o caso
O proprietário da loja informou à Polícia Civil que o furto ocorreu na madrugada de sábado para domingo. As armas que estavam na loja eram destinadas à venda a colecionadores e praticantes de tiro esportivo.
Os investigadores identificaram que os criminosos quebraram duas portas de ferro e uma parede para acessar a sala-cofre, onde o arsenal estava armazenado. A PM afirmou que não houve registro de chamada no dia do crime, e ele só foi comunicado após o proprietário ser contatado pelo dono da imobiliária na segunda-feira.
Embora o crime tenha sido inicialmente classificado como furto, a descoberta de que Tiago Henrique Nunes de Lima, dono da loja, é suspeito de comunicação de falso crime mudou completamente o rumo das investigações.
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