O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou neste domingo, 18, que a incursão militar na região russa de Kursk, iniciada em 6 de agosto, tem como objetivo criar uma “zona de segurança” que impeça futuros ataques de Moscou.

Esta foi a primeira vez que Zelensky esclareceu o objetivo da operação, anteriormente justificada como uma medida para proteger comunidades na fronteira ucraniana, na região de Sumy, das constantes investidas russas.

“A nossa tarefa principal nas operações defensivas é destruir o máximo possível do potencial bélico russo e conduzir ações de contraofensiva que incluam a criação de uma zona de segurança no território do agressor”, declarou Zelensky.

Neste final de semana, forças ucranianas destruíram uma ponte crucial sobre o rio Seim, perto da cidade de Glushkovo, cortando uma importante rota de suprimentos para as tropas russas que tentam conter a incursão. Menos de dois dias depois, um segundo ataque a uma ponte na mesma região foi confirmado. A localização exata desta segunda ofensiva ainda não foi divulgada, mas canais russos no Telegram sugerem que o alvo foi uma ponte na vila de Zvannoe.

A ofensiva ucraniana, descrita como a maior em solo russo desde a Segunda Guerra Mundial, causou caos e pânico, forçando a fuga de dezenas de milhares de civis. O comandante ucraniano, general Oleksandr Syrskyi, afirmou que as forças de Kyiv avançaram sobre uma área de mil quilômetros quadrados dentro da Rússia, embora essas informações ainda não possam ser verificadas de forma independente.

Zelensky também aproveitou para solicitar aos aliados ocidentais a liberação do uso de armas de longo alcance para atacar alvos mais profundos em território russo, como a região de Kursk. Ele argumenta que essas ações são cruciais para “privar Moscou de qualquer capacidade de avançar e causar destruição”.