Mpox: Primeiro caso do ‘tipo mais grave’ é confirmado na Suécia
Esta é a primeira vez que o Clado 1b é identificado fora da África, como confirmado pelo governo sueco.
A Suécia confirmou seu primeiro caso do tipo mais grave da mpox, conhecido como Clado 1. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Jakob Forssmed, em uma coletiva de imprensa na tarde de desta quinta-feira, 15.
O termo “clado” é usado para diferenciar as variantes do vírus. Cada clado representa um grupo de organismos que compartilham um ancestral comum, como no caso do vírus da monkeypox, pertencente à família orthopoxvírus.
De acordo com o Ministério da Saúde, o paciente sueco foi infectado pela variante Clado 1b, a mesma que está associada ao aumento recente de casos na África.
Esta variante foi identificada na República Democrática do Congo (RDC) em setembro de 2023.
O que é a Mpox e suas variantes
A mpox, anteriormente chamada de varíola dos macacos, foi documentada pela primeira vez em primatas em 1958 e só foi detectada em humanos em 1970.
Recentemente, em 2022, um surto global ocorreu sem qualquer ligação com macacos, evidenciando a transmissão entre pessoas.
Além do Clado 1b, outras três variantes do vírus são reconhecidas e apresentam características distintas:
Clado 1a: Predominante na Bacia do Congo, com mortalidade de até 10%, transmitido principalmente por roedores e com baixa propagação entre humanos.
Clado 2a: Presente na África Ocidental, com baixa taxa de mortalidade.
Clado 2b: Responsável pelo surto de 2022 no Brasil e em outros países.
Os cientistas ainda investigam as razões genéticas por trás das diferenças em virulência e transmissão entre esses clados. Fatores comportamentais e ambientais ou uma possível adaptação do vírus a novos hospedeiros são áreas de pesquisa contínua.
Mpox voltou a ser uma preocupação global
A nova variante Clado 1b tem gerado alerta na OMS devido à sua facilidade de propagação em contatos próximos, incluindo entre crianças.
Esta é a primeira vez que o Clado 1b é identificado fora da África, conforme confirmado pelo governo sueco.
O paciente sueco contraiu a infecção durante uma viagem recente à África, onde um surto de mpox do Clado 1b está em curso.
Este indivíduo agora está recebendo cuidados médicos na Suécia.
Resposta das autoridades
Para combater a estigmatização e o racismo associados ao antigo nome “varíola dos macacos”, a Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciou consultas públicas e, eventualmente, adotou o termo “mpox“.
Devido à crescente preocupação com a disseminação do Clado 1b, as autoridades de saúde estão intensificando a vigilância epidemiológica e promovendo medidas preventivas entre a população.
Futuro da mpox e a questão da adaptação viral
Com o aumento dos casos de mpox fora da África, a comunidade científica está em alerta para entender melhor como o vírus pode evoluir.
Questões sobre a adaptação do vírus a novos hospedeiros e possíveis mudanças em sua virulência são de particular interesse.
A cooperação internacional e a pesquisa contínua são cruciais para enfrentar essa emergência global de saúde.
Manter o público informado e seguir as recomendações de saúde pública são passos essenciais para controlar a disseminação da mpox.
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