A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) suspendeu as atividades no campus Maracanã nesta quinta-feira (15) devido a bloqueios em todos os acessos ao Pavilhão João Lyra Filho, promovidos por estudantes que se opõem às novas regras para obtenção de bolsas e auxílios previstos no Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) 038/2024. As entradas foram obstruídas com cadeiras, mesas e bancos.

Os estudantes manifestam descontentamento com a revisão do critério de renda mínima para a Bolsa Auxílio Vulnerabilidade Social (Bavs), que passou de um salário mínimo e meio para meio salário mínimo. Essa mudança, segundo os manifestantes, resultará na perda de benefícios para cerca de 5 mil estudantes, gerando um impacto significativo na comunidade acadêmica.

A ocupação da reitoria, iniciada em 26 de julho, é parte de uma série de protestos que também atingiram outros campi, como a Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF) e a Faculdade de Formação de Professores (FFP), além de se estender para fora da universidade. Nesta quarta-feira (14), um grupo de manifestantes invadiu a portaria da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), onde houve confronto com seguranças e a intervenção da polícia militar.

Em resposta, a reitoria da Uerj afirmou que as medidas impostas pelo Aeda 038/2024 são necessárias para assegurar os pagamentos aos estudantes mais vulneráveis, ajustando as regras criadas durante o período excepcional da pandemia.

A universidade destacou que “quase 9 mil bolsas permanência (cotistas) e aproximadamente outras mil para estudantes elegíveis às novas condições de vulnerabilidade permanecem intactas”. Além disso, a Uerj está propondo a criação de uma política de assistência estudantil que seja incorporada à Lei Orçamentária Anual da instituição para garantir a permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade.

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