O colunismo é mesmo a doença infantil do jornalismo
O colunista Ricardo Melo, ex-integrante do movimento estudantil Liberdade e Luta,de inspiração trotskista, tem 59 anos, mas continua com as opiniões de estudante abilolado da década de 70. Na sua coluna de hoje, na Folha de S. Paulo, ele pergunta: "Qual a diferença entre a Inquisição, as Cruzadas e o jihadismo atual?" E ele próprio responde: "Nenhum na essência. Tanto uns como outros, usaram, e usam, a religião como justificativa para atrocidades desmedidas."
O colunista Ricardo Melo, ex-integrante do movimento estudantil Liberdade e Luta, de inspiração trotskista, tem 59 anos, mas continua com as opiniões de estudante abilolado da década de 70. Na sua coluna de hoje, na Folha de S. Paulo, ele pergunta: “Qual a diferença entre as Cruzadas, a Inquisição e o jihadismo atual?” E ele próprio responde: “Nenhuma na essência. Tanto uns como outros usaram, e usam, a religião como justificativa para atrocidades desmedidas.”
Resposta errada, estudante. Deixando de lado a expressão “atrocidades desmedidas”, como se pudesse haver “atrocidade proporcional” (agora me ocorreu que talvez haja, na cabeça de Ricardo Melo), existe uma enorme, intransponível diferença entre Cruzadas, Inquisição e jihadismo atual. As Cruzadas ocorreram entre os séculos XI e XIII. As fogueiras da Inquisição arderam para valer entre os séculos XI e XVI. Quanto ao jihadismo atual, bem, ele é atual — esses psicopatas esperam ganhar, no século XXI, o prêmio de 72 virgens no paraíso (eu gosto do número quebrado), pelo massacre de “infiéis” e sua própria gente. Século XXI, repita-se.
Essa é uma diferença essencial, Ricardo Melo. Se você não avançou, sinto muito: o mundo continuou, e continua, a ir para a frente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)