Santa Dulce, o “anjo bom da Bahia”, é celebrada hoje
Santa Dulce Lopes Pontes, conhecida como "Anjo Bom da Bahia", é lembrada hoje por sua dedicação aos pobres e doentes
Irmã Dulce, que nasceu em Salvador em 1914, dedicou sua vida ao serviço dos mais necessitados, tornando-se uma das figuras mais reverenciadas da Igreja Católica no Brasil. Canonizada em 2019 pelo Papa Francisco, Santa Dulce é a primeira santa nascida no Brasil a ser reconhecida pela Igreja.
Ao lado de Santa Dulce, o Brasil possui atualmente 37 santos canonizados, embora nem todos tenham nascido no país. Entre os santos que são efetivamente brasileiros de nascimento, destaca-se também Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, mais conhecido como Frei Galvão, que nasceu em Guaratinguetá, São Paulo, em 1739, e foi o primeiro santo nascido no Brasil a ser canonizado, em 2007. Além desses, a maioria dos santos reconhecidos no Brasil são mártires, como os Mártires de Cunhaú e Uruaçu, dos quais 28 dos 30 eram nascidos no Brasil.
O legado de Santa Dulce é especialmente significativo. Seu trabalho começou ainda jovem, aos 13 anos, quando transformou sua casa em um pequeno centro de atendimento para mendigos e doentes. Anos depois, em 1935, ela iniciou suas atividades na comunidade de Alagados, em Salvador, que mais tarde dariam origem às Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), hoje uma das maiores instituições filantrópicas do país, realizando milhões de atendimentos por ano.
A canonização de Santa Dulce em 2019 foi um evento de grande importância para a Igreja Católica e para o Brasil. No entanto, Jair Bolsonaro, então presidente do Brasil, não compareceu à cerimônia realizada no Vaticano.
Alegando compromissos de agenda, Bolsonaro se ausentou, mas há relatos de que sua decisão foi influenciada por pressões políticas e religiosas, em especial pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, evangélica, que teria se posicionado contra a participação do presidente no evento. Esta ausência foi vista por muitos como um gesto para não desagradar sua base evangélica.
A cerimônia de canonização, que aconteceu no dia 13 de outubro de 2019, foi presidida pelo Papa Francisco e contou com a presença de 50 mil fiéis, além de diversas autoridades, como o vice-presidente Hamilton Mourão, que liderou a comitiva brasileira. O Papa destacou o trabalho de Irmã Dulce com os pobres e enfermos, reforçando seu legado como exemplo de amor e serviço ao próximo.
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