Segundo a Defesa Civil, a remoção dos 62 corpos das vítimas do acidente aéreo em Vinhedo foi concluída as 18h:30 desse sábado, 10, 28 horas após o acidente.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, 34 corpos são de homens e 28 mulheres.

Todos foram encaminhados para a unidade central do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo para a identificação e liberação às famílias.

“A unidade segue com atendimento ininterrupto e exclusivo às vítimas do acidente aéreo. Até o momento, 50 corpos foram enviados ao IML Central e o restante está a caminho do local“, comunicou o órgão.

Até a tarde desse sábado, 30 vítimas do acidente já haviam sido necropsiadas e radiografadas. Dois corpos foram reconhecidos até às 18h30.

O IML Central atua com cerca de 20 médicos, além de equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia para identificar os corpos recebidos.

Identificação das vítimas do acidente aéreo de Vinhedo

Os trabalhos de identificação das vítimas continuam.

Famílias das vítimas foram acomodadas em um hotel na região central de São Paulo, onde estão recebendo apoio psicológico e orientação sobre os documentos médicos que podem ajudar na identificação.

Trinta e oito famílias já estão sendo atendidas no local pelo governo do estado e pela Secretaria de Desenvolvimento Social.

Caixas-pretas vão ajudar na investigação

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), divulgou imagens da abertura das duas caixas-pretas do avião.

Os gravadores de voo, conhecidos como caixas-pretas, foram enviados para o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (Labdata) em Brasília para extração e degravação dos dados.

O Cenipa e a sua importância nas investigações

A Força Aérea Brasileira (FAB) afirma que o Cenipa é uma referência mundial em investigações de acidentes aéreos. No entanto, caso haja dificuldades na extração dos dados das caixas-pretas por conta da gravidade do impacto, há acordos com agências de outros países como França, Canadá e Estados Unidos para auxiliar no processo.

As caixas-pretas são essenciais na investigação de acidentes, principalmente porque gravam dados cruciais, como conversas no cockpit e parâmetros técnicos da aeronave.

Esses dados ajudam a compreender a dinâmica do voo e identificar fatores que possam ter contribuído para o acidente.

Cockpit Voice Recorder (CVR): grava as conversas entre piloto e co-piloto, bem como com o controle de tráfego aéreo.

Flight Data Recorder (FDR): grava informações sobre altitude, velocidade e outros parâmetros técnicos do voo.

O que acontece após encontrar as caixas-pretas?

Depois que as caixas-pretas são resgatadas, os técnicos retiram o material de proteção e limpam as conexões cuidadosamente para garantir que os dados não sejam apagados acidentalmente.

Em seguida, os arquivos são baixados para uma plataforma segura onde são copiados e decodificados.

Durante esse processo, são analisados sons e ruídos captados pelas caixas-pretas, que podem indicar irregularidades ou até mesmo explosões. Esses passos são cruciais para entender as causas do acidente.