López Obrador não vai prender Putin se ele vier ao México
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, rejeitou na quinta-feira, 7 de agosto, o pedido da Ucrânia para prender o ditador da Rússia, Vladimir Putin, caso este compareça à tomada de posse de Claudia Sheinbaum, marcada para 1 de outubro
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, rejeitou na quinta-feira, 7 de agosto, o pedido da Ucrânia para prender o ditador da Rússia, Vladimir Putin, caso este compareça à tomada de posse de Claudia Sheinbaum, marcada para 1 de outubro.
“Não podemos fazer isso, não depende de nós. Somos contra a guerra. Somos a favor da paz. E o que propusemos no caso da guerra entre a Rússia e a Ucrânia são acordos, que haja mediação.
Cheguei mesmo a propor na altura que o Primeiro Ministro da Índia, (Narendra) Modi, o Papa Francisco e o Secretário Geral das Nações Unidas fossem convocados para que os três pudessem estabelecer comunicação e parar a guerra e evitar que o povo continuasse a sofrer”, disse López Obrador na manhã dessa sexta-feira, 9 de agosto.
López Obrador respondeu assim ao pedido da Embaixada da Ucrânia no México, que recordou que Putin tem um mandado de detenção emitido em 2023 pelo Tribunal Penal Internacional e que, segundo o Estatuto de Roma que o México assinou em 2005, ace às autoridades mexicanas realizar a prisão.
“Confiamos que o Governo mexicano cumprirá em qualquer caso a ordem de detenção internacional, entregando o referido ao órgão judicial das Nações Unidas em Haia”, refere o comunicado divulgado pela representação de Kiev no México.
Tanto o Ministério das Relações Exteriores do México como a equipe de Claudia Sheinbaum reiteraram que a nota diplomática com que convidaram Putin para a posse corresponde a um protocolo de rotina com os países com os quais existem relações diplomáticas.
O Ministério das Relações Exteriores e a equipe de Sheinbaum não fizeram alusão direta ao mandado de prisão do TPI contra o ditador russo pelo alegado rapto de crianças ucranianas desde o início da guerra em fevereiro de 2022.
Putin não é o único ditador afagado pelo governo mexicano. O México, junto ao Brasil e Colômbia formam uma tríade latina que emite notas inúteis em relação ao processo eleitoral venezuelano, sabidamente fraudado pelo ditador Nicolás Maduro.
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