Carolina Arruda: “A pior dor do mundo” é a do estupro
Carolina, diagnosticada com neuralgia do trigêmeo, revela uma luta constante contra a "pior dor do mundo" e traumas de abusos sexuais.
A estudante de medicina veterinária Carolina Arruda, de 27 anos, compartilhou em suas redes sociais uma experiência de vida marcada por dor física e emocional. Diagnosticada com neuralgia do trigêmeo, condição considerada pelos especialistas como “a pior dor do mundo”, Carolina revelou também ser vítima de assédios sexuais, agressões e traumas profundos.
A neuralgia do trigêmeo, que afeta 4 a cada 100 mil pessoas no mundo, trouxe a Carolina um sofrimento intenso e constante. Esta dor insuportável levou-a a considerar a eutanásia como uma solução para sua situação. Nos seus relatos, Carolina compartilha sua história de abuso sexual desde a infância, destacando a importância de dar voz às vítimas e buscar justiça.
Neuralgia do Trigêmeo: A Pior Dor do Mundo
Mas o que é exatamente a neuralgia do trigêmeo? Esta condição é caracterizada por ataques súbitos de dor facial extrema, que são frequentemente descritos como choques elétricos. A dor é desencadeada por atividades cotidianas como mastigar, falar ou até mesmo tocar levemente o rosto.
Carolina explicou que a dor da neuralgia do trigêmeo é insuportável e debilitante. “Eu virei refém da doença e da dor”, desabafa. Apesar das várias cirurgias e tratamentos farmacológicos – desde medicamentos convencionais até opções experimentais – o alívio nunca veio. Este ciclo contínuo de dor levou Carolina a considerar a eutanásia como um ato de misericórdia, um desejo de encontrar um fim digno para seu sofrimento.
Como Carolina Lida com Abusos e Agressões na Vida Pessoal?
Além da luta contra a dor, Carolina enfrenta traumas resultantes de abusos sexuais e agressões sofridas desde cedo. Dos 6 aos 12 anos, ela foi abusada por um parente próximo dentro de sua própria casa. “Ele me batia e me enforcava. Me ameaçou de morte várias vezes se eu contasse para alguém da minha família. Ele ameaçou matar minha mãe e a minha avó”, conta Carolina, que desde então carrega o peso deste trauma.
Aos 13 anos, um novo relacionamento trouxe mais sofrimento. Abusada física e psicologicamente pelo namorado, Carolina continuou a repetir padrões de agressão. Três anos depois, ela engravidou e foi abandonada ao recusar o aborto. Após dar à luz aos 17 anos, Carolina enfrentou a vida como mãe solteira e sobrevivente de constantes agressões.
Pode a Suíça ser o Destino Final de Carol?
Com seu desejo de eutanásia em mente, Carolina busca arrecadar fundos para viajar à Suíça, onde o suicídio assistido é legalizado. Ela lançou uma vaquinha virtual com a meta de R$ 150 mil, dos quais R$ 24 mil já foram arrecadados. “Eu quero um descanso em meio a todo esse sofrimento”, comenta Carolina. Casada e com uma filha de 10 anos, Carol vê na Suíça a possibilidade de um fim para sua dor insuportável.
Por que é Importante Dar Voz às Vítimas?
A história de Carolina é um poderoso lembrete da importância de dar voz às vítimas de abuso. Carolina relatou como foi vítima de abusos em várias fases da vida e a dificuldade de encontrar justiça. Ela foi novamente vítima de abuso sexual enquanto morava em um condomínio estudantil. Este ciclo de abusos e agressões não só afetou sua saúde mental e emocional, mas também a reforçou no desejo de combater sua dor e encontrar paz.
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