Surfe: Tatiana Weston-Webb ganha medalha de prata
Surfista gaúcha criada no Havaí perdeu para a americana Caroline Marks, campeã mundial, por apenas 0,17 ponto
A surfista gaúcha criada no Havaí Tatiana Weston-Webb ganhou a medalha de prata em Teahupo’o, no Taiti (Polinésia Francesa), onde estão sendo disputadas as provas de surfe da Olimpíada de Paris, na noite desta segunda-feira, 5 de agosto (no horário de Brasília).
Ela disputou a final olímpica contra a americana Caroline Marks, atual campeã do mundo, e perdeu por pouco –ao fim da bateria, Marks obteve 10,50 pontos, contra 10,33 da brasileira –diferença de apenas 0,17 ponto.
A medalha de prata é o melhor resultado do surfe brasileiro, masculino ou feminino, em olimpíadas —o surfe passou a ser esporte olímpico apenas em Tóquio-2020.
Na semifinal contra a costa-riquenha Brisa Hennessy, a brasileira pegou boas ondas e ainda se beneficiou de um erro da adversária, que desrespeitou a prioridade de Weston-Webb em uma onda e perdeu o direito à soma das notas. No final, a brasileira somou 13.66 e Hennessy ficou com 6.17.
Com a prata de Tatiana Weston-Webb, o Brasil manteve o 17º lugar na classificação geral da Olimpíada, agora com duas medalhas de ouro, cinco de prata e seis de bronze —13 ao todo.
Gaúcha-havaiana
Weston-Webb, que tem 28 anos, deixou Porto Alegre apenas dois meses após seu nascimento. Filha do surfista britânico Douglas Weston-Webb e da bodyboarder brasileira Tanira Guimarães, ela foi criada na ilha havaiana de Kauai. Escolheu defender o Brasil a partir de 2018.
“Era uma decisão difícil (…), só que daí eu comecei a pensar como meu coração sentia. Foi fácil depois disso. Eu me sentia muito mais brasileira do que havaiana, não sou havaiana. Nem sou dos Estados Unidos. Eu me sinto muito mais brasileira do que tudo. Eu escolhi representar nosso país e foi uma escolha incrível, mudou minha vida“, declarou a surfista ao site do Comitê Olímpico Internacional.
“Sem o Havaí eu não seria uma surfista como sou hoje. As ondas me ajudaram demais a me tornar uma boa surfista, profissional”, acrescentou Weston-Webb, hoje casada com o surfista brasileiro Jessé Mendes.
Bronze para Medina
No surfe masculino, o brasileiro Gabriel Medina obteve a medalha de bronze. Tricampeão mundial, Medina superou Alonso Correa com 15,54 pontos totais, contra 12,43 do surfista peruano.
Considerado uma das maiores esperanças de medalha de ouro para o Brasil, Medina foi derrotado na semifinal pelo australiano Jack Robinson.
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