Humanidade entra no cheque especial ecológico: Esgotamento dos recursos naturais em 2024 Humanidade entra no cheque especial ecológico: Esgotamento dos recursos naturais em 2024
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Humanidade entra no cheque especial ecológico: Esgotamento dos recursos naturais em 2024

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 05.08.2024 10:17 comentários
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Humanidade entra no cheque especial ecológico: Esgotamento dos recursos naturais em 2024

Conheça as consequências da sobrecarga da Terra e como reverter esse quadro.

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Humanidade entra no cheque especial ecológico: Esgotamento dos recursos naturais em 2024
Foto: v2osk/Unsplash

A humanidade entrou nesta quinta-feira, 1º de agosto de 2024, no “cheque especial ecológico”, segundo alerta a ONG Global Footprint Network. O Dia da Sobrecarga do Planeta (Overshoot Day) chegou um dia mais cedo do que no ano passado, sinalizando que a demanda de recursos naturais e serviços ambientais pela humanidade excedeu a capacidade da Terra de regenerar esses recursos no mesmo ano.

Este dia marca o início de um período em que a humanidade viverá da sobreutilização dos recursos, esgotando ainda mais a biosfera. A data é uma média global que, na maioria dos casos, tem chegado cada vez mais cedo. Em 1971, por exemplo, o Dia da Sobrecarga ocorreu em 25 de dezembro; em 2000, em 17 de setembro; e em 2023, no dia 2 de agosto.

O que é o dia da sobrecarga do planeta Terra?

O Dia da Sobrecarga do Planeta representa o momento em que a necessidade global de recursos excede a capacidade de renovação do planeta. A partir dessa data, começamos a “gastar” recursos que pertencem ao ano seguinte, levando a um déficit ecológico.

O conceito foi desenvolvido pela Global Footprint Network para conscientizar sobre a insustentabilidade do atual modelo de consumo. Em 2024, o mundo começou a utilizar recursos que só deveriam ser usados a partir de 1º de janeiro de 2025, o que significa que estamos utilizando 1,7 planetas, ou seja, 70% mais do que a Terra pode oferecer anualmente.

Qual é o impacto do consumo excessivo dos recursos naturais?

Essa sobrecarga tem consequências alarmantes. Entre os impactos mais graves estão:

  • Desmatamento: A demanda por terras agricultáveis e madeira leva à destruição das florestas.
  • Erosão de Solos: Práticas agrícolas insustentáveis aumentam a erosão dos solos, diminuindo sua fertilidade.
  • Perda de Biodiversidade: A destruição de habitats naturais ameaça inúmeras espécies com a extinção.
  • Acúmulo de Dióxido de Carbono: Emissões desenfreadas contribuem para o aquecimento global e fenômenos meteorológicos extremos.

Quais países contribuem mais para a sobrecarga da terra?

Se toda a humanidade vivesse como a população brasileira, o Dia da Sobrecarga do Planeta ocorreria em 4 de agosto. Já os padrões de consumo de outros países revelam impactos ainda mais alarmantes. Por exemplo:

  • Alemanha: 2 de maio.
  • Estados Unidos: 14 de março.

Esses dados ilustram a discrepância no consumo entre diferentes nações. Se todos os países tivessem o mesmo padrão de consumo dos Estados Unidos, precisaríamos de cinco planetas para sustentar a humanidade.

Como podemos reverter a sobrecarga da terra?

Segundo Lewis Akenji, membro da direção da Global Footprint Network, “A sobrecarga da Terra vai acabar. A questão é saber como: por projeto ou por desastre.” Ele reforça que uma transição planejada seria muito mais segura do que ceder aos caprichos de um planeta desequilibrado pela sobrecarga.

Para reverter essa situação, é essencial adotar práticas sustentáveis e reduzir o consumo excessivo de recursos. Algumas ações incluem:

  1. Reduzir Desperdícios: Praticar o consumo consciente e diminuir a produção de lixo.
  2. Preservar Florestas: Apoiar iniciativas de conservação e reflorestamento.
  3. Optar por Energias Renováveis: Investir em fontes de energia limpa, como solar e eólica.
  4. Promover a Agricultura Sustentável: Adotar práticas agrícolas que mantenham a saúde do solo.

Embora o desafio seja imenso, cada pequeno passo conta. Repensar nossos hábitos pode ajudar a retardar o Dia da Sobrecarga e garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações.

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