Superfakes: o crescimento das réplicas de luxo no Brasil
O artigo discute o crescimento do mercado de réplicas de luxo no Brasil, explorando sua popularização, impacto nas marcas originais e o papel das redes sociais e comércio eletrônico na disseminação das 'superfakes'.
Uma nova tendência vem crescendo no mercado brasileiro de produtos de luxo: as superfakes. Essas imitações quase perfeitas dos produtos originais estão ganhando espaço e se tornando uma opção atraente para muitos consumidores. Mas o que faz dessas réplicas tão populares e como isso afeta o mercado de luxo? Vamos explorar mais sobre esse fenômeno.
A loja Lili Bolsas, no Shopping Veneza, é um exemplo dessa nova modalidade de comércio. Localizada na famosa Avenida Paulista, a loja oferece uma bolsa Birkin da Hermès, em imitação de couro de crocodilo, por 32 mil reais. Comparado ao preço original, que pode chegar a 2 milhões de reais, o valor parece mais acessível para quem quer ostentar um item de luxo.
Superfakes: O Que São e Por Que São Populares?
As superfakes são réplicas detalhadas e de alta qualidade de produtos de luxo, como bolsas, roupas e acessórios. Diferente das falsificações comuns, essas peças são tão bem-feitas que, à primeira vista, podem ser confundidas com os itens originais. Apesar de custarem mais do que as imitações comuns, ainda são significativamente mais baratas que os produtos autênticos.
Muitas influenciadoras e celebridades optam por essas réplicas como uma forma de investir na imagem de luxo sem pagar os altos preços das grifes. “Como ninguém imagina que são réplicas, elas posam como se fossem muito ricas”, conta uma vendedora da Lili Bolsas.
Quais Marcas de Luxo Estão Sendo Replicadas?
Além das bolsas Hermès, a loja Lili Bolsas também oferece réplicas de outras marcas renomadas como Chanel, Prada, Miu Miu, Céline e Loewe. As peças mais caras não podem ser tocadas diretamente e são envoltas em plástico transparente para proteger sua qualidade.
- Hermès
- Chanel
- Prada
- Miu Miu
- Céline
- Loewe
Qual é o Impacto das Redes Sociais na Venda de Superfakes?
As redes sociais têm desempenhado um papel crucial na propagação das superfakes. Perfis no Facebook, Instagram e TikTok frequentemente anunciam e vendem esses produtos falsos. Sébastien Kopp, sócio e cofundador da marca de tênis Veja, destaca que as redes sociais são o principal desafio na luta contra a falsificação.
A Veja, conhecida por seus tênis desejados por celebridades como Kate Middleton, contratou um advogado para monitorar essas plataformas no Brasil. A marca busca combater as vendas de tênis falsificados que podem prejudicar sua imagem e negócios.
Como o Comércio Eletrônico Lida com as Superfakes?
O comércio de produtos falsificados não se limita às lojas físicas e redes sociais; ele também se estende aos sites de roupas e acessórios de segunda mão. No site Enjoei, bolsas com a logomarca da Chanel podem ser encontradas por valores bem abaixo do mercado, como 155 reais ou 650 reais. Mesmo com a afirmativa de não vender produtos falsos, o site recebeu 977 reclamações no Reclame Aqui por vendas de itens falsificados em 2023.
Como o Mercado de Luxo Reage às Superfakes?
Enquanto alguns estilistas, como Marc Jacobs, veem as cópias como um sinal de sucesso, grandes conglomerados de moda investem pesado para barrar a comercialização de falsificados. Carlos Ferreirinha, consultor de luxo, alerta que a massificação dessas peças pode diminuir o desejo dos consumidores muito ricos pelo luxo autêntico.
As superfakes oferecem uma maneira acessível de adquirir produtos de luxo, mas também levantam questões sobre autenticidade e o impacto nas marcas originais. Toda essa movimentação mostra que, em um mercado cada vez mais globalizado e digital, a luta contra a falsificação está longe de terminar.
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