A autora e jornalista britânica Sarah Ditum publicou artigo intitulado “Olimpíadas não são seguras para mulheres” no site UnHerd nesta quinta, 1º. Ela argumenta que a inclusão de atletas como Imane Khelif, da Argélia, em competições femininas, compromete a segurança e a justiça no esporte feminino.

Segundo Ditum, Khelif enfrentou a italiana Angela Carini na categoria de boxe feminino 66kg nas Olimpíadas, mas a diferença física entre elas foi evidente. Khelif, com um corpo muito mais robusto, acabou forçando Carini a abandonar a luta após dois golpes devastadores. “Parecia um homem batendo em uma mulher”, escreve Ditum, destacando que a Associação Internacional de Boxe (IBA) já desqualificou Khelif em 2023 por não atender aos critérios de elegibilidade para competições femininas, com base em testes de DNA que indicaram a presença de cromossomos XY.

Apesar da decisão ser vinculante no campeonato mundial, o Comitê Olímpico Internacional (COI) aplicou suas próprias regras. Mark Adams, porta-voz do COI, afirmou que Khelif é mulher em seu passaporte e que “caça às bruxas” contra atletas transgênero é inaceitável. Ditum critica essa posição, alegando que definir sexo por passaporte ignora as diferenças físicas significativas entre homens e mulheres.

A autora ressalta que a presença de atletas geneticamente masculinos em esportes femininos não apenas ameaça a segurança das competidoras, mas também mina a justiça da competição. “O que aconteceu no ringue em Paris é uma resposta a todas as reivindicações absurdas de que o sexo é irrelevante para o desempenho atlético.”

Ditum questiona se a inclusão de atletas transgênero acaba por reiterar estereótipos de fraqueza feminina, como acredita a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), que afirma que excluir mulheres trans prejudica todas as mulheres e pode sujeitar qualquer atleta feminina a testes invasivos. A autora discorda, afirmando que a competição mista força mulheres excepcionais a serem substituídas por homens medianos.

Quem é Sarah Ditum

Sarah Ditum é uma autora e jornalista britânica conhecida por seus artigos sobre feminismo e questões de gênero. Seu trabalho já foi publicado em veículos como The Guardian e New Statesman. Ela é uma voz ativa na defesa dos direitos das mulheres no esporte e em outras áreas.