Dólar dispara quase 2% e vai a R$ 5,75
Esse é o maior patamar para a moeda americana desde março de 2021 quando chegou a 5,82 reais
A moeda americana avançou contra o real e marcou o maior patamar desde 2021, com investidores vendo posição do Banco Central como pouco firme no combate à inflação. Para o mercado, o comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) divulgado na noite de quarta-feira, 31, passou uma postura menos agressiva que o esperado.
Embora a autoridade monetária tenha apontado a perda de ímpeto do processo deflacionário e a contínua desancoragem das expectativas de inflação, o BC não indica no texto nenhuma medida mais dura, além da manutenção da taxa em 10,50% ao ano por mais tempo.
O real reagiu com a pior performance entre um grupo de 23 moedas emergentes, acompanhado de perto pelo peso mexicano, o que pode sugerir que além do cenário interno, continua pesando sobre a divisa brasileira o desmonte das posições de carry trade com a valorização do iene.
Os juros futuros recuaram nos vencimentos mais curtos com a indicação de que o BC não deve aumentar a Selic na reunião de setembro do Copom, enquanto os prazos intermediário e longo subiram.
O Ibovespa, principal índice acionário do país, começou o dia no positivo embalado pela perspectiva de que o aperto monetário por aqui não se aprofundará nos próximos meses, mas acabou acompanhando o mau-humor nos Estados Unidos, com bolsas americanas no vermelho, e encerrou o dia em queda de 0,20%, aos 127,4 mil pontos.
Além disso, o recuo dos preços das commodities puxou as ações de Vale (-2,24%) e Petrobras (-1,52% PN; -1,85% ON) para terreno negativo e fez com que os papéis das duas gigantes da bolsa brasileira fossem os principais contribuições para o resultado na sessão.
Na ponta oposta, Weg (+4,30%), Eletrobras (+1,49%) e Rumo (3,39%) foram as três líderes do lado positivo do índice, que teve 38 dos 86 papéis que compõem o indicador com ganhos no dia.
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