UE exige que Maduro pare com detenções de opositores
"“As autoridades venezuelanas devem pôr fim às detenções, à repressão e à retórica violenta contra membros da oposição. As ameaças contra Edmundo Gozález e Maria Corina são inaceitáveis", escreveu Josep Borrell
Josep Borrell. alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, fez uma firme postagem condenando a repressão na Venezuela:
“As autoridades venezuelanas devem pôr fim às detenções, à repressão e à retórica violenta contra membros da oposição. As ameaças contra Edmundo Gozález e Maria Corina são inaceitáveis.
As autoridades e as forças de segurança devem garantir o respeito pelos direitos humanos”.
Josep Borrell insistiu que a União Europeia (UE) não pode, neste momento, reconhecer os resultados das eleições na Venezuela, uma vez que não tem meios de os verificar de “maneira independente”.
“O Conselho Nacional Eleitoral [CNE] apenas apresentou o resultado correspondente a 80% dos escrutínio e não revelou nenhuma fonte, nem sistema que permita a sua verificação”, argumentou Josep Borrell.
O responsável comunitário frisou que, com este “resultado parcial não verificável”, o CNE declarou “vitória a Nicolás Maduro”. “Em democracia, os resultados devem ser completos e devem poder ser verificados de maneira independente para serem reconhecidos”, assinalou.
“A União Europeia exorta o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela que facilite o acesso imediato às atas de votação de todas as mesas eleitorais. Até que as autoridades não publiquem as atas e não sejam verificadas, os resultados anunciados não poderão ser reconhecidos”, rematou Josep Borrell.
Protestos e repressão
Pelo menos onze pessoas morreram em manifestações na Venezuela nos últimos dois dias.
Segundo o diretor executivo do Foro Penal, uma ONG local, entre as vítimas estão dois jovens menores: um rapaz de dezesseis anos e outro que tinha acabado de fazer quinze no domingo (dia das eleições), Os jovens protestavam em Yaracuy e Zulia, respectivamente.
Outro jovem morreu na sequência dos protestos no Instituto de Segurança Social da Venezuelano no bairro de Antímano, em Caracas — local onde durante anos o regime chavista obteve uma elevada percentagem votos.
Também o Inquérito Hospitalar Nacional revelou que uma das vítimas participava em protestos em Caracas e outras duas no Maracay, em Aragua, a duas horas da capital.
A primeira vítima mortal das manifestações chamava-se José Valero que foi atingido por um projétil perto do centro eleitoral em Patiecitos. As outras vítimas foram baleadas no estado fronteiriço de Táchira.
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