O FBI, a polícia federal americana, ouvirá Donald Trump sobre o atentado de que o ex-presidente, candidato republicano à Casa Branca em 2024, foi vítima em Butler, na Pensilvânia, no último dia 13 de julho, informa a agência de notícias France Presse.

Trump será ouvido na condição de vítima de tentativa de assassinato —ele foi ferido na orelha durante comício em Butler, e o atirador, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto logo depois por agentes do Serviço Secreto.

“É uma entrevista padrão com uma vítima, como faríamos com qualquer outra vítima de um crime em qualquer outra circunstância”, disse Kevin Rojek, agente especial do FBI, sobre o procedimento pelo qual o ex-presidente passará.

“Queremos conhecer sua perspectiva sobre aquilo que testemunhou”, acrescentou o agente.

Motivações desconhecidas

Nesta segunda-feira, 29 de julho, a polícia federal dos EUA divulgou uma atualização sobre as investigações do atentado. O FBI ainda não conseguiu determinar as motivações de Crooks para cometer o crime —ele disparou oito tiros e, além de ferir Trump, matou o bombeiro Corey Comperatore, que estava presente ao comício.

Os agentes disseram ter entrevistado dezenas de pessoas que conheceram Crooks ou interagiram com o atirador, incluindo membros da família, colegas de trabalho, ex-professores, colegas de classe e outros. Ele foi descrito como um indivíduo “solitário”.

“Ficamos sabendo que o sujeito era muito inteligente, frequentou a universidade e manteve um emprego estável. Seu círculo social principal parece ser limitado à sua família imediata, pois acreditamos que ele tinha poucos amigos e conhecidos”, afirmou o agente Kevin Rojek.

Na semana passada, como publicamos, o diretor-geral do FBI, Christopher Wray, revelou ao Congresso que Crooks havia feito pesquisas na internet sobre o assassinato do então presidente John F. Kennedy por Lee Harvey Oswald, em 22 de novembro de 1963.

Trump, por sua vez, prometeu retornar a Butler para um novo comício, em data ainda a definir.