"É a fraude mais grosseira da história da América Latina" "É a fraude mais grosseira da história da América Latina"
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“É a fraude mais grosseira da história democrática da América Latina”

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4 minutos de leitura 29.07.2024 14:07 comentários
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“É a fraude mais grosseira da história democrática da América Latina”

Um dos ex-presidentes latino-americanos impedidos de fiscalizar 'in loco' a farsa eleitoral de Nicolás Maduro, boliviano Jorge “Tuto” Quiroga descreve o roteiro da apuração de votos que sugere fraude na Venezuela

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“É a fraude mais grosseira da história democrática da América Latina”
Foto: Reprodução/ NTN24

Um dos ex-presidentes latino-americanos impedidos de fiscalizar in loco a farsa eleitoral de Nicolás Maduro, o boliviano Jorge “Tuto” Quiroga (foto) definiu a proclamação da eleição do ditador venezuelano como “a fraude mais grosseira da história democrática da América Latina”.

Durante entrevista à emissora NTN24, Quiroga questionou as informações prestadas pelo presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Elvis Amoroso, para anunciar a vitória de Maduro:

“Segunda pergunta a esse senhor Elvis Amoroso, o ladrão odioso, o delinquente que apareceu ontem tentando cometer essa fraude. Ele afirma que, com 80% dos votos apurados, a margem é irreversível e anuncia que Maduro está supostamente 7 pontos à frente de Edmundo. Na matemática básica, aprendemos no primeiro ano que, se faltam 20% para contar e a diferença é de 7 pontos, não pode ser irreversível matematicamente. Estatisticamente, pode ser difícil de reverter, mas não se pode matematicamente anunciar que é irreversível.”

“Ataque hacker”

Quiroga seguiu na descrição dos subterfúgios usados pelo regime venezuelano na tentativa de justificar o resultado proclamado: “Depois de horas sem apuração alguma, alegaram um suposto ataque hacker. De repente, perto da meia-noite, eles contam e querem nos fazer acreditar que, com uma diferença de 7%, os 20% restantes não poderiam superar esses 7. Sabe-se lá em qual matemática…”.

“Na Telesur, se você olhar os gráficos, mostra quadros com 51% para Maduro, 44% para González e 4,6% copiando e colando de vários candidatos, somando 132% em um gráfico da Telesur. Claudia, eles nem sequer coordenam as mentiras do Tribunal Eleitoral com as do seu canal oficial. Mas isso é apenas uma amostra”, reclamou o ex-presidente boliviano, dirigindo-se à entrevistadora.

Atas

Quiroga lembrou que várias pesquisas de boca de urna, de veículos confiáveis como Wall Street Journal e Washington Post, previam a vitória de Edmundo González Urrutia, apesar de “apesar de toda a sabotagem para tentar retirar os fiscais de vários locais e não imprimir as atas”. Segundo o ex-presidente boliviano, a líder oposicionista María Corina Machado tem em mãos metade dessas atas.

“Qualquer estudante de estatística com quatro contagens rápidas que mostram uma diferença de 35 a 40 pontos, com várias pesquisas de boca de urna indicando isso e com metade das atas, demonstrando isso de forma irrefutável, sabe que estatisticamente o que disseram ontem é a fraude mais grosseira da história democrática da América Latina. O povo venezuelano não vai engolir essa”, protestou Quiroga.

O ex-presidente destacou as condenações de parte da comunidade internacional e disse aguardar os pronunciamentos da Organização dos Estados Americanos (OEA) e das Nações Unidas (ONU): “Maduro sabe que o roubo que tentou fazer ontem à noite não vai passar”.

Narcotirano

“Tudo foi roubado na Venezuela nos últimos 25 anos. Petróleo, ouro, recursos, Banco Central… Não vai conseguir roubar a verdade do povo venezuelano, que ontem repudiou esse narcotirano do Maduro”, reclamou o boliviano.

Segundo ele, agora ficou claro “por que não foram aceitas, e já se sabia, as missões da União Europeia, as missões do Centro Carter, por que sequestraram vários aviões da Copa para nos impedir de entrar na sexta-feira e não estivemos ontem à noite em Caracas dando o testemunho, por que deportam deputados espanhóis, senadores chilenos, deputados argentinos, equatorianos, mexicanos, a ex-prefeita da Colômbia e todas essas pessoas”.

“Para quê? Para não ter testemunhas desse roubo descarado que o povo venezuelano vai rejeitar”, finalizou.

Leia mais: Como o governo Lula reage à “vitória” de Maduro

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