Brasil fica fora da expansão de Inteligência Artificial para redes sociais da Meta
Previsão anterior da empresa era que o robô, chamado de IA da Meta, começasse a rodar este mês no Brasil.
Sem incluir o Brasil, a Meta anunciou no início da semana a expansão da sua assistente de inteligência artificial para redes sociais em 22 países, entre eles Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México e Peru.
Incertezas regulatórias locais adiaram o lançamento no mercado brasileiro, conforme explicou a big tech.
A previsão anterior da empresa era que o robô, chamado de IA da Meta, começasse a rodar este mês no Brasil.
No entanto, planos foram revistos após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), no início de julho, questionar a política de privacidade da plataforma, que permitia o uso de informações públicas de usuários para treinar inteligências artificiais.
Inteligência Artificial da Meta chega a 22 países
Em comunicado em seu site, a Meta afirmou que continuará colaborando com “as autoridades locais competentes” para disponibilizar o sistema no Brasil.
A assistente virtual, similar ao ChatGPT, pode ser acessada em chats no Facebook, Instagram e WhatsApp e já estava disponível em inglês nos Estados Unidos e outros doze países, como Austrália, Canadá, Zimbábue e Zâmbia.
Na última terça-feira, 23, a Meta também informou que os robôs irão rodar em mais sete idiomas: francês, alemão, hindi, escrita romanizada em hindi, italiano, português e espanhol.
O que é o Llama 3.1?
A Meta apresentou um novo modelo de inteligência artificial, o Llama 3.1, que irá alimentar a IA da Meta. Este sistema funciona como o “cérebro” por trás das ferramentas de inteligência artificial e tem código aberto.
Será disponibilizado para desenvolvedores de forma gratuita, permitindo acesso e modificação para criar novas aplicações.
O objetivo da Meta com essa estratégia é disputar mercado com competidores como a OpenAI, criadora do ChatGPT, que utiliza modelos de código fechado e cobra de outras empresas pelo uso da tecnologia
Conquistando o mercado de IA
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou que deseja tornar a Meta AI o assistente de inteligência artificial “mais usado do mundo” até o final deste ano.
O robô é a principal aposta da gigante das redes sociais para espalhar IA generativa em suas plataformas.
Zuckerberg também mencionou que o Llama 3.1 será “um ponto de inflexão na indústria“.
Com versões do Llama, menos potentes que modelos de IA concorrentes, a Meta tem apostado desde o início da recente corrida da indústria em uma estratégia de código aberto.
Isso contrasta com Google, OpenAI e outras empresas, que cobram pela disponibilização de seus modelos.
Esse movimento tem, entretanto, levantado preocupações quanto ao uso do Llama por hackers e criminosos.
Em uma carta divulgada terça-feira, Zuckerberg reforçou a posição da empresa e sustentou que a IA de código aberto “é mais segura do que as alternativas”.
“Acho que será melhor viver em um mundo onde a IA é amplamente implantada para que grandes atores possam verificar o poder de pequenos atores maliciosos,” afirmou Zuckerberg.
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