Ivan Sant’Anna na Crusoé: A profissão mais perigosa do mundo
De Abraham Lincoln a John Kennedy, passando por James Garfield e William McKinley, o perigoso ofício de quem escolhe comandar a Casa Branca
Minha crônica da semana passada foi distribuída aos leitores e ouvintes na manhã de sábado, 13 de julho. Tratava das eleições nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França.
No final da tarde, nesse mesmo dia, Donald Trump foi vítima de uma tentativa de assassinato perpetrada em Butler, na Pensilvânia, durante um comício de campanha.
O atirador, Thomas Matthew Crooks, disparou vários tiros de AR-15 contra o palanque onde estava o candidato republicano à presidência dos EUA.
Como todo mundo sabe, um projétil passou tão próximo do cérebro de Trump que perfurou a parte superior de sua orelha direita. Isso não impediu que ele, já cercado pelos guarda-costas, ignorasse a dor e erguesse várias vezes um dos punhos, gritando para seus seguidores:
“Fight, fight (lutem, lutem)!”
Não é de se estranhar que tais fatos tenham acontecido. Atentados contra presidentes do país fazem parte da cultura dos Estados Unidos da América.
No dia 14 de abril de 1865, sexta-feira santa, menos de uma semana após o fim da Guerra Civil, o presidente Abraham Lincoln compareceu ao teatro Ford, na capital, Washington, para assistir à peça Our American Cousin, quando um fanático confederado (defensor da secessão), o ator John Wilkes Booth, entrou no camarote presidencial e disparou um tiro na nuca de Lincoln.
Em seguida, Booth subiu no parapeito do camarote e gritou em latim para a plateia:
“Sic Semper Tyrannis (Assim Sempre aos Tiranos)”.
John Booth então saltou para o palco, logo abaixo, e fugiu pelos fundos do teatro, onde deixara seu cavalo.
Só foi localizado e morto, num celeiro, doze dias depois, por um soldado da União, que antes pôs fogo no esconderijo, obrigando Booth a sair.
Abraham Lincoln, após ter sido levado para uma casa em frente ao teatro, falecera no sábado de Aleluia, dia seguinte ao do atentado.
Não mais do que 16 anos se passaram até que o 20º presidente americano, James Garfield, fosse assassinado na estação da estrada de ferro Baltimore e Potomac, também em Washington D.C.
Isso aconteceu na sexta-feira 2 de julho de 1881.
O assassino…
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