Lira fez as pazes com Alexandre Padilha?
Presidente da Câmara disse que após a briga pública com o ministro de Lula as “coisas andaram com mais normalidade”
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deu uma trégua ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em entrevista concedida à GloboNews nesta sexta-feira, 19.
Em questionamento sobre a relação dele com a articulação política do governo federal, Lira disse que após a briga pública com Padilha as “coisas andaram com mais normalidade”.
“Eu mal falo da articulação política do governo. Quando me posicionei, foi porque o clima estava chegando em um nível que eu fazia a seguinte análise: um presidente da Câmara que veio de uma posição antagônica, que dá o apoio que eu dou a um governo que precisa de uma maioria que não tem, e o tempo todo ele é vítima de matérias mentirosas, fake news plantadas por quem não deve? A articulação estava do avesso”, declarou Lira, que complementou.
“Então, o ‘basta’ foi para que o governo entendesse que não tem um adversário político no Congresso. Tem um aliado político com responsabilidade, independência. E as coisas a partir daí começaram a andar com normalidade, nada diferente do que acontecia antes.”
Quais foram as derrotas de Padilha?
Em junho, por exemplo, Alexandre Padilha minimizou as derrotas sofridas pelo governo na sessão do Congresso Nacional. Algumas delas foram capitaneadas pelo próprio Lira.
Segundo Padilha, o governo federal “tem noção da realidade do perfil do Congresso Nacional”, mas não estaria “sendo derrotado naquilo que é essencial”.
“Nada do que aconteceu na sessão do Congresso surpreendeu os articuladores do governo. Não vamos perder o mata-mata, não estamos sendo derrotados naquilo que é essencial. Temos muita consciência dessa prioridades”, afirmou Padilha.
O governo foi derrotado, por exemplo, na derrubada do veto ao projeto de lei que extingue as saídas temporárias de presos do semiaberto, apelidado de PL das “sadinhas”. A articulação política do Planalto foi ainda derrotada na articulação que tentava derrubar o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a criminalização das fake news durante o período eleitoral.
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