"Precisamos curar a divisão na sociedade", diz Trump em 1º discurso público pós-atentado "Precisamos curar a divisão na sociedade", diz Trump em 1º discurso público pós-atentado
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“Precisamos curar a divisão na sociedade”, diz Trump em 1º discurso público pós-atentado

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Redação O Antagonista
6 minutos de leitura 18.07.2024 23:39 comentários
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“Precisamos curar a divisão na sociedade”, diz Trump em 1º discurso público pós-atentado

Na última noita da convenção nacional do Partido Republicano, Trump aceitou a nomeação da sigla à eleição presidencial de 5 de novembro

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“Precisamos curar a divisão na sociedade”, diz Trump em 1º discurso público pós-atentado
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Donald Trump (foto) aceitou, nesta quinta-feira, 18 de julho, a nomeação do Partido Republicano à eleição presidencial americana deste ano, em seu primeiro discurso público desde o atentado a tiro do final de semana.

Trump abriu sua fala defendendo a união da sociedade americana e relatando a tentativa de assassinato, ocorrida durante comício na cidade de Butler, no estado da Pensilvânia.

A discórdia e a divisão na nossa sociedade devem ser curadas. Devemos curá-la [a sociedade] rapidamente”, disse o agora candidato republicano à eleição de 5 de novembro.

Nós nos levantamos juntos ou nos desmoronamos, acrescentou.

O ex-presidente americano também afirmou que, se eleito, governará para todos os americanos, porque “não há vitória em ganhar para metade dos Estados Unidos”.

Sobre o atentado, Trump relatou com detalhes o ataque: “Eu disse para mim mesmo: ‘Uau, o que foi isso? Só pode ser uma bala’, e levei minha mão direita até a orelha, abaixei-a e minha mão estava coberta de sangue. Havia absolutamente sangue por todo lado. Eu imediatamente soube que era muito sério, que estávamos sob ataque, e num só movimento comecei a cair no chão.

“De certa forma, me senti muito seguro porque tinha Deus ao meu lado… Não era para estar aqui, nesta noite, com vocês, acrescentou.

Ele também agradeceu a atuação das autoridades de segurança local, incluindo o serviço secreto, assim como o comportamento da plateia.

Ninguém correu e, ao não debandar, muitas vidas foram salvas. Mas não foi por isso que eles não se moveram. A razão é que eles sabiam que eu estava com sérios problemas, me viram cair, viram o sangue e, na verdade, a maioria viu, pensaram que eu estava morto… Essa linda multidão não queria me deixar, e você pode ver aquele amor estampado em seus rostos… As balas voavam sobre nós, mas eu me sentia sereno, mas agora os agentes do Serviço Secreto estavam se colocando em ação”, relatou.

O presidenciável republicano ainda posou ao lado do uniforme de bombeiro de Corey Comperatore, o militante que foi morto durante o ataque.

Trump pediu um minuto de silêncio em nome de Comperatore e afirmou que sua campanha arrecadou 6,3 milhões de dólares nos últimos dias para a família dele e a de outra vítima gravemente ferida no episódio.

Ele ainda puxou um coro de “lute, lute, lute”, as mesmas palavras que gritou com o punho levantado enquanto era escoltado pelo serviço secreto para fora do comício em Butler.

Apesar dos pedidos de união e do relato do atentado, Trump manteve partes tradicionais de seus discursos em comícios eleitorais. Dentre elas, a mentira de que as eleições de 2020, vencidas pelo atual presidente, Joe Biden, teriam sido fraudadas.

“Nós temos pessoas [no poder] que são muito menos ferozes, exceto quando se trata de trapaça nas eleições e algumas outras coisas”, disse enquanto falava sobre os inimigos “ferozes” dos Estados Unidos na política externa, como a China.

O discurso do agora candidato republicano à eleição presidencial de 5 de novembro encerrou o quarto e último dia da convenção nacional do Partido Republicano, em Milwaukee, no estado de Wisconsin.

Esse é o primeiro discurso de Trump depois do atentado?

Esse é o primeiro discurso em público de Trump desde o atentado de sábado, 13 de julho, que o feriu na parte superior da orelha direita.

Entretanto, o agora candidato presidencial já havia se pronunciado em um evento privado na quarta-feira, 17, nas redondezas da convenção nacional do Partido Republicano, em Milwaukee.

Do material divulgado pela emissora de televisão pública americana PBS, Trump se centrou em relatar a experiência de sobreviver ao atentado.

“Esta foi a nossa melhor campanha e então levei um tiro! Como isso acontece?… Mas eu tive sorte. Deus estava comigo, eu lhe digo”, disse Trump na ocasião.

Isso é o que eles chamam de uma situação difícil. Isso foi incrível. Coisa horrível, coisa incrível. De muitas maneiras, isso muda sua atitude, seu ponto de vista sobre a vida. E acho que, honestamente, acho que você aprecia ainda mais a Deus, realmente aprecio, porque algo aconteceu. Não que tenha sido agradável. Não foi como se fosse um erro completo. Mas foi terrível que isso pudesse acontecer. Mas esta foi a nossa melhor campanha”, acrescentou.

Reaparição no 1º dia da convenção

Trump também já havia reaparecido em público no primeiro dia da convenção nacional do Partido Republicano, na noite de segunda-feira, 15 de julho.

Trump apareceu com a orelha direita coberta por um curativo branco. Foi nela que Thomas Matthew Crooks acertou um tiro de raspão durante comício na Pensilvânia antes de ser alvejado por agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos.

Trump entrou no salão da convenção em Milwaukee ao som de “God Bless the USA!”, cantada por Lee Greenwood, acenou para o público e cumprimentou aliados, entre eles seus familiares.

J.D. Vance, o vice

Durante a convenção, o senador J.D. Vance foi anunciado como vice para a chapa de Trump. Aos 39 anos, Vance é uma estrela em ascensão na política americana, com uma trajetória marcada por transformações pessoais e políticas.

O senador cresceu em uma família de classe trabalhadora branca em Ohio, com raízes no Kentucky rural. Sua experiência pessoal reflete a realidade de muitos “hillbillies”, uma expressão em inglês que se refere às pessoas que vivem em regiões rurais e montanhosas dos Estados Unidos, principalmente nas áreas dos Apalaches e Ozarks..

Em seu livro “Era Uma Vez um Sonho” (“Hillbilly Elegy”), Vance descreve a transformação das comunidades dos Apalaches de redutos democratas para republicanos, destacando o declínio econômico e social dessas regiões.

A escolha de J. D. Vance (foto) como o candidato a vice por Donald Trump consolida a força do trumpismo dentro do Partido Republicano, em detrimento do establishment que dominava a agremiação até 2016.

Mais do que isso. Com apenas 39 anos, Vance ainda poderá se tornar a continuação do trumpismo, mesmo após um possível segundo mandato de Trump, que está com 78 anos.

J.D. Vance é a cópia do ex-presidente republicano em vários temas, e não foi por acaso que o presidente Joe Biden o chamou de um “clone de Trump“.

Leia em Crusoé: Os sinais de que J.D. Vance manda para a Rússia

Também não foi à toa que J.D. Vance foi apoiado pelos filhos de Trump, que podem pensar em se manter politicamente ativos por mais algumas décadas.

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