A manobra do PT para colocar dinheiro na campanha de Boulos
Partido de Lula aprovou resolução para apoiar campanhas de aliados em cidades estratégicas neste ano
O Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou nesta semana uma resolução que veta a destinação de recursos da sigla para a campanha de nomes de outras legendas na campanha municipal deste ano. Contudo, os petista abriram uma brecha que vai viabilizar repasses para a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela prefeitura de São Paulo.
Segundo o texto, o PT vai poder auxiliar com recursos do próprio partido as candidaturas de vice-prefeitos em cidades com mais de 100 mil habitantes. A vice de Boulos vai ser a ex-prefeita Marta Suplicy, que voltou ao reduto petista em uma costura feita pelo presidente Lula.
Até então o PSOL vinha pressionando o PT para a destinação de recursos para a campanha deste ano. A sigla de Boulos defendia um repasse de cerca de R$ 30 milhões, o que representa 40% do teto previsto para a disputa pela prefeitura de São Paulo neste ano, que é de R$ 70 milhões.
Resistência
O repasse de verba do fundão do PT para a campanha de Boulos enfrenta resistência por parte de petistas de São Paulo. No entanto, a manobra para apoio ao candidato do PSOL contou com articulação da cúpula nacional do partido de Lula.
Entre outros pontos, a resolução aprovada pela direção do PT prevê uma “estrutura coletiva de apoio”, com o “custeio de passagens aéreas, fretamento de aeronaves, realização de pesquisas, hospedagem, logística para eventos de campanha e produção e distribuição de programas para propaganda em rádio, TV e mídias sociais, material gráfico, serviços jurídicos perante Tribunais Superiores e outras despesas”.
Esses recursos vão bancar, por exemplo, viagens do presidente Lula para eventos de campanha. Em São Paulo, o petista deve fazer uma série de eventos com Boulos.
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