Suspeito de planejar ataque durante Olimpíadas de Paris é preso
O acusado era administrador de um grupo no Telegram chamado "Divisão Ariana Francesa", onde fazia ameaças contra as Olimpíadas
As autoridades de segurança francesas prenderam, nesta quarta-feira, 17, um francês, no leste da França, suspeito de planejar ataques durante as Olimpíadas de Paris, conforme anunciado pelo Ministro do Interior, Gerald Darmanin.
“Parabéns aos agentes do Ministério do Interior que detiveram um membro da ultra-direita, suspeito de planejar uma ação violenta durante os Jogos Olímpicos. Seguiremos firmes em nossa luta constante pela segurança do povo francês“, declarou Darmanin na plataforma X, antigo Twitter.
De acordo com reportagem da Reuters, o suspeito, um jovem da região da Alsácia, era administrador de um grupo no Telegram chamado “Divisão Ariana Francesa”, onde fazia ameaças contra as Olimpíadas. Ele está atualmente sob interrogatório pela polícia antiterrorista, informou o jornal francês Le Parisien.
Ameaça de ataque terrorista nos jogos olímpicos de Paris
Em maio deste ano, a Direção Geral de Segurança Interna (DGSI) prendeu um jovem de 18 anos, de origem chechena, na cidade de Saint-Etienne, no sudeste da França. Segundo comunicado oficial, o suspeito é acusado de planejar um ataque com motivações islâmicas durante os Jogos Olímpicos, que ocorrerão entre os dias 26 de julho e 11 de agosto, informou a agência de notícias AFP.
De acordo com informações do Ministério do Interior, este seria o primeiro ataque frustrado relacionado aos Jogos Olímpicos. A
As primeiras investigações indicaram que o jovem estava ativamente se preparando para realizar um atentado no estádio Geoffroy Guichard, em Saint-Etienne, que receberá partidas de futebol durante o evento esportivo.
Ataque terrorista
Segundo fontes oficiais, o suspeito tinha como alvo tanto os espectadores quanto as autoridades presentes no local. Seu objetivo era causar danos e sacrificar a própria vida como mártir.
A França se encontra em alerta máximo antes do início dos Jogos Olímpicos. Estima-se que cerca de 10 milhões de visitantes e 10 mil atletas participarão do evento. Embora a maior parte das competições ocorra em Paris e na região metropolitana, outras cidades francesas também sediarão algumas modalidades e partidas.
As autoridades francesas adotaram medidas rigorosas para evitar qualquer incidente. A prisão desse jovem suspeito é um exemplo da ação preventiva das forças de segurança, que estão vigilantes e prontas para agir diante de possíveis ameaças.
As investigações continuam em andamento e as autoridades estão trabalhando para identificar se o suspeito atuava sozinho ou se fazia parte de uma rede maior. Mais informações serão divulgadas assim que estiverem disponíveis.
Nível mais alto
O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, anunciou em 24 de março que estava elevando para o seu nível mais alto o sistema de alerta de segurança nacional da França, na sequência do ataque a Moscou reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
“Dada a reivindicação de responsabilidade pelo ataque do Estado Islâmico e as ameaças que pesam sobre o nosso país, decidimos elevar a postura Vigipirate ao seu nível mais alto: ataque de emergência”, indicou Gabriel Attal sobre o resultado de um conselho de defesa no Eliseu. O plano Vigipirate (sistema de alerta de segurança nacional da França) havia sido rebaixado para o nível 2 (“segurança reforçada – risco de ataque”) em 15 de janeiro.
“A reivindicação do ataque em Moscou vem do Estado Islâmico em Khorasan. No entanto, esta organização ameaça a França e esteve envolvida em vários planos de ataque frustrados recentes em vários países europeus, incluindo Alemanha e França”, disse um comunicado oficial.
O Primeiro-Ministro solicitou ao Secretário-Geral da Defesa e Segurança Nacional, sob a sua autoridade, que convocasse segunda-feira, 25, uma reunião com todos os serviços de segurança impactados pelo aumento do nível do Vigipirate.
A última postura de “ataque de emergência” foi desencadeada após o ataque terrorista em Arras, em 13 de outubro, sendo depois rebaixado para o nível 2 (“segurança reforçada – risco de ataque”) em 15 de janeiro.
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