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Crusoé: A extensão do filhotismo no Estado brasileiro

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Redação O Antagonista
2 minutos de leitura 16.07.2024 13:18 comentários
Brasil

Crusoé: A extensão do filhotismo no Estado brasileiro

Como mostra gravação da reunião com Alexandre Ramagem, o então presidente Jair Bolsonaro não hesita em recorrer a GSI, Abin, STF e Dataprev para proteger seu filho Flávio

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Crusoé: A extensão do filhotismo no Estado brasileiro
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O áudio cujo sigilo foi derrubado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e que estava nos equipamentos do então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, revelam como o ex-presidente Jair Bolsonaro via o Estado brasileiro como uma extensão de sua própria família.

Em outras palavras, Bolsonaro não enxergava qualquer empecilho em usar os recursos do Estado em prol do bem-estar de seus filhos, no caso do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

No artigo “De pai para filho“, publicado há dois anos em Crusoé, o antropólogo Roberto DaMatta discorreu sobre esse comportamento típico do brasileiro de se aproveitar de um cargo público para beneficiar os filhos.

A casa e a rua

DaMatta lembrava que tanto Lula como Jair Bolsonaro tinham esse mesmo hábito, e que o problema todo estava na intersecção entre dois mundos: o da casa e o da rua.

O mundo da casa é aquele das relações entre parentes próximos. Todos nós que vivemos em família temos de cumprir com uma série de obrigações morais, as quais são pouco faladas, mas muito praticadas. O mundo da rua é aquele da sociedade, em que vicejam inúmeras regras que exigem anonimato, neutralidade e isenção“, escreveu DaMatta.

No mundo casa, que foi inventado pelos “velhos reis”, segundo DaMatta, o importante era deixar o legado das “obrigações de família”, que batiam em seus corações.

A aristocracia é fundada justamente nesse ‘direito’ de herdar dos pais. Um bom brasileiro não pode negar o que tem — seja um objeto ou uma capacidade, como um nome honrado — para um filho. Seria algo condenável“, afirma o antropólogo.

Em uma república em que as leis estão acima de todos, e onde todos têm os mesmos direitos e obrigações, há uma separação entre o mundo da casa e o mundo da rua, o qual deve ser regido pela impessoalidade. As obrigações de família, portanto, seriam…

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